A activista britânica detida há dez dias em Cabinda chegou hoje por volta das 18:15 ao aeroporto de Luanda e ficará na capital angolana a aguardar o desfecho do processo, disse a própria Sarah Wykes.
"Estou muito contente por estar finalmente em Luanda", afirmou a investigadora da organização não governamental britânica Global Witness minutos depois de ter chegado ao aeroporto de Luanda, onde a esperava uma delegação da embaixada britânica em Angola.
No momento em que falou com a Lusa por telefone, a activista seguia de automóvel para a Embaixada do Reino Unido, tendo-se escusado a fazer qualquer comentário.
Sarah Jill Wykes foi detida no dia 18 em Cabinda e aguardava desde o dia 21 - data em que saiu em liberdade depois de pagar uma fiança de 180.000 kwanzas (cerca de 1.800 euros) - por uma autorização do procurador interino de Cabinda, André Gomes Manuel, para poder sair daquele território angolano.
Elias Isaac, o representante da Open Society em Angola, organização responsável pela visita de Sarah Wykes a Cabinda, explicou que têm um quarto marcado para a activista num pequeno hotel de Luanda, mas só para esta noite.
Na quinta-feira, a activista terá de mudar de unidade hoteleira, a não ser que a representação diplomática britânica tenha outros planos.
"Ela foi levada para a Embaixada britânica, é possível que eles tenham preparado outra coisa", explicou Elias Isaac.
Sarah Wykes foi detida e acusada de espionagem, mas o alegado delito acabaria por ser transformado em crime contra a segurança do Estado.
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