A Igreja Católica vai trouxe à reflexão vários temas importantes durante a semana social. Foi, tal como em outras edições, mais um momento para que os angolanos pudessem reflectir à volta de temas tão reais como pertinentes.
Na terceira Semana Social da Igreja, o tema “Justiça Social” levou a reflectir sobre muitos aspectos que permitiram olhar onde estamos e o que merecem os cidadãos que vivem neste país.
É pois sabido que o postulado fundamental "justiça social" é que, uma sociedade é tanto mais justa quanto mais igualitária, não só em termos de oportunidades, mas também em termos materiais. "Justiça social" é, portanto, o conceito político chave para quem se lhe permite mascarar de justiça, algo nobre, ao qual ninguém se opõe ao desejo de que os outros percam aquilo que têm e que ele deseja para si, mas não tem competência ou élan para obter.
O objectivo da "justiça social" é transformar todos em iguais, não só no sentido formal mas também no sentido material.
Desta feita, como transformar todas as oportunidades que o país tem para tornar numa sociedade sem grandes diferenças? O que retirar de exemplos positivos por este mundo fora para tornar os angolanos e não só, prósperos e desenvolvidos?
Quando olhamos para os vários cenários que se nos apresentam, vemos gente pobre que reclama da falta de oportunidades, de emprego, de falta de informação, saúde e ensino.
Para uma sociedade que se pretende reerguer agora em paz, estar-se-á de facto a fazer o esforço necessário para tal? Se tivermos em conta que o novo nome da paz é justiça social, poderemos falar de consequências danosas para a sociedade caso os cidadãos não atinjam as suas expectativas?
A Igreja também assume-se como preocupada com este assunto, dai ter levado à reflexão esta temática na semana que findou. Sendo assim pode-se ler através da escrita de homens da Igreja Católica que o ensino e a difusão da doutrina social fazem parte da missão evangelizadora da Igreja.
E, tratando-se de uma doutrina destinada a orientar o comportamento das pessoas, tem de levar cada uma delas, como consequência, ao “empenho pela justiça” segundo o papel, a vocação e as circunstâncias pessoais.
O exercício do ministério da evangelização no campo social, que é um aspecto do múnus profético da Igreja, compreende também a denúncia dos males e das injustiças. Mas convém esclarecer que o anúncio é sempre mais importante do que a denúncia, e esta não pode prescindir daquele, pois é isso que lhe dá a verdadeira solidez e a força da motivação mais alta.
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