O activista cívico Landu Kama, conhecido pela liderança da Coligação Transparência e Cidadania e pelo seu contributo na defunta iniciativa “ Por uma Angola democrática” disse hoje em Luanda que o processo de reconciliação nacional em Angola “está em risco”.
O activista justifica-se dizendo que “ não se notam grandes sinais para travar o fenómeno intolerância politica”, referindo que em Luanda e no interior todos os dias há sinais de que as coisas não estão bem. Por causa disso alerta á classe política angolana para assumir maiores responsabilidades, no processo de reconciliação nacional, em curso no país, face aos riscos que este processo pode incorrer.
O Dr. Landu Khama foi o convidado, esta quarta feira, do programa discurso directo da Rádio Ecclesia referiu-se ainda longamente sobre a democracia em Angola, reprovando aqueles que dizem que “ há duas velocidades democráticas ” no país, alegando que o que se vive em Luanda é apenas retórica dos políticos e das lideranças policiais e militares, nesta altura, algo indefinidos para continuarem a “ fechar o cerco aos activistas de direitos humanos” que encontram todos os dias entraves no exercício da sua actividade.
No interior, segundo Kama, a situação é pior pois não há “ sinais de desenvolvimento” e muito menos liberdade de acção para quem opta por pensar diferente.
Sobre o exercício de cidadania no país, Landu Kama, fala em progressos ainda tímidos, tendo apontado como factores que inviabilizam este processo, as campanhas de intimidação.
Sobre corrupção, o activista é directo: “ é uma vergonha, Angola é o segundo país mais corrupto do mundo e isto é visto a olho nú. Basta ver os polícias na rua, os professores nas matrículas dos alunos. É uma vergonha” diz triste o também pesquisador em matéria de direitos humanos.
É um grupo de organização e individualidades da sociedade civil que acordaram trabalhar, em conjunto, para implementar acções dirigidas à consolidação da paz e participar activamente no processo de reconciliação, reconstrução e desenvolvimento do país, construído, para o efeito, a Coligação pela Reconciliação, Transparência e Cidadania.
Com o fim da guerra e a retomada do protocolo de Luzaka, novos desafios se colocam à sociedade civil para a plena pacificação do país e a sua reconciliação. A recuperação física e espiritual dos cidadãos, a pressão social contra a impunidade e a corrupção são apenas alguns dos desafios que a par da reconstrução dos valores humanos e da moralidade pública não devem ser adiado, segundo diz o boletim de apresentação do coligação composta por dois sindicatos e doze organizações não governamentais.
Um comentário:
Amigo MV só não vejo a foto. Quanto aos textos apenas elogios...
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