quarta-feira, março 19, 2008

Rádio Ecclesia, uma rádio de confiança

Publico a nota da redacção Ecclesia pelos 11 anos da "segunda vida" da Emissora da igreja catolica em Angola assinalados neste dia 19 de Março:

" 11 Anos depois, o caminho editorial e a missão social desta estação, pontos definidos pela conferência episcopal de Angola e São Tomé continuam a nortear a acção e função dos jornalistas e colaboradores da emissora católica de Angola.

Depois de um intenso trabalho de pressão e negociação, a Radio Ecclesia ressurgia num dia como este para dar voz aos que não têm voz, cumprir com a sua missão de evangelização e marcar um ponto de viragem na forma de fazer comunicação social, até então em vigor, salvo algumas diferenças.
Reza a história que a Rádio Ecclesia foi extinta oficialmente a 24 de Janeiro de 1978, por ordem do poder popular, o regime de partido único da altura. Os seus bens, emissores e outros meios eram confiscados pelo estado. Na altura toda angola acompanhava a emissão desta rádio.
11 anos depois, olhamos com orgulho para os ganhos da sociedade angolana, em mudança constante com os seus conhecidos desafios.
11 anos depois, olhamos para as dificuldades com serenidade, vemos as oportunidades com fundamentais para manter acesa a "chama" de confiança, e nos desafios do país as melhores formas de ajudar angola a ser, de facto, um país bom para se viver. Mantemos a nossa fé na extensão do sinal da Rádio Ecclesia para o interior, tão aguardada pelos angolanos amantes da diversidade de informação.
11 anos depois, a radio Ecclesia, como emissora católica de Angola renova o seu compromisso com a verdade, a justiça social e a harmonia.
O desafio da cobertura eleitoral, o acompanhamento da mudança constante dos fenómenos sociais em Angola e no mundo, a solidariedade e o conforto para com os “que não têm voz”, o respeito e compreensão de todos os angolanos continuam a ser compromissos.
Reafirmamos, 11 anos depois de voltarmos a comunicar e a dar voz a todos os angolanos, o nosso compromisso no mosaico social angolano. Saudamos em primeiro lugar os fieis ouvintes da radio de confiança e quem está ou esteve directa ou indirectamente no erguer diário das emissões da Rádio Ecclesia".

segunda-feira, março 17, 2008

QUE PROGRAMAS PROPÕEM OS PARTIDOS POLÍTICOS PARA ANGOLA QUANDO SE APELA AO VOTO DE QUALIDADE?

Da qualidade do voto depende a escolha, a nível central e local, dos órgãos do estado, de pessoas, partidos e programas melhor indicados para a boa governação, a realização da justiça e a consolidação da paz e da autêntica reconciliação nacional. Este extracto faz parte da mensagem Pastoral dos Bispos da CEAST. Em face desta apresentação.

Está na agenda politica do país, a realização das eleições legislativas em Setembro próximo. O país como se diz, está a aquecer. Os partidos políticos aquecem os seus “motores” afim de conquistarem o eleitorado. Do outro lado estão os cidadãos, os contribuintes, os eleitores. Que mensagem tem estado a passar para estes? Com a actual situação Sócio Económica no país, onde sinais de descontentamento pairam no ar, quais são as propostas dos políticos para o povo?
Na nova Angola que está a nascer, fala-se de esperança e bem-estar. Mas também se fala de falta de atenção para com os principais problemas que a população atravessa. As pessoas pretendem equilibrar as suas vidas, querem confiar mais nos políticos, cuja imagem nos tempos que correm parece desgastada; buscam um amanhã, onde haja oportunidades para todos, onde haja trabalho e salário justo para sustentarem as suas famílias.
Na sua última mensagem pastoral, dizem os Bispos, que para votar de forma consciente e responsável, os eleitores têm o direito de conhecer as pessoas e sobretudo os programas de governação dos partidos políticos que se candidatam às eleições. Não deixa de ser um ponto importante para o futuro. Mas em que canais os angolanos podem conhecer os seus candidatos e os seus programas?
Terão apenas que aguardar pelo tempo de antena no momento de campanha? Que tipo de discussão pode ser feita neste momento?
Os meios de comunicação, são incontornáveis no momento. Necessita-se de uma informação diversificada, plural e suficiente. Dizem os bispos na carta pastoral que a sociedade tem o direito a uma informação fundada sobre a verdade, a liberdade, a justiça e a solidariedade e que promova o bem comum, servindo todos os sectores da sociedade.
O medo de perder ensombra o céu dos políticos. Perder o poder, perder as mordomias e outros privilégios não faz parte da agenda de muitos políticos. Diz-se que o projecto do país ainda está em construção.
É sabido que quem ganha, quer tudo, pior ainda, humilha os vencidos e muitas vezes não respeita os seus programas. Nesta viragem de página, que esperar dos partidos políticos, assustadoramente numerosos em Angola?
JP

sábado, março 15, 2008

O passado...

Senhora do Monte. Sim!

O local da aventura, da graça e da descoberta .....

Luto no Lubango, mais um ícone partiu...

O empresário Fernando Borges, um dos maiores empreendedores do ramo agro-pecuário em Angola, morreu quinta-feira, na cidade do Lubango, província da Huíla, vítima de doença.
Fernando Borges, que faleceu no hospital Cristo Rei, no Lubango, com mais de 80 anos de idade, foi membro fundador da Associação agro-pecuária, Comercial e Industrial da Huíla e proprietário das fábricas de leite e das águas da Chela.
Em declarações à imprensa o presidente da Associação Industrial Angolana, José Severino, lamentou a morte e considerou como uma perda irreparável.

CÓDIGO DE CONDUTA ELEITORAL: COMO PASSAR DA TEORIA A PRÁTICA?

A maior parte dos angolanos está a pensar seriamente na realização condigna das eleições em Angola este ano de 2008. todas as pessoas, esperam que o pleito para escolha do parlamento venha a ser seguro e sem ameaças. Tranquilo e digno dos cidadãos que pretendem votar.

Entretanto surgem no caminho alguns receios. Os cidadãos pretendem que os políticos façam a sua parte e que não incendeiem as mentes de quem estará a receber as mensagens para votar.

O código de Conduta Eleitoral tem por finalidade regular os procedimentos a serem adoptados na altura da campanha eleitoral para que se possa coibir os candidatos a manipularem a seu bel prazer as mentes dos eleitores.
Cá entre nós, o presente código de conduta eleitoral estabelece os princípios e as regras de conduta dos agentes eleitorais. Sendo assim os agentes eleitorais devem observar os princípios de respeito pela diferença, liberdade de escolha, direito de reunião e manifestação, legalidade, tranquilidade, imparcialidade, transparência, isenção, civismo e responsabilidade.

Esses são detalhes que resguardam a realização de eleições livres e justas. Sendo assim, o que é que tem sido feito para salvaguardar tais valores na sociedade actual? O que é que os agentes têm feito para a divulgação do código de conduta eleitoral?

Na recém terminada Assembleia dos Bispos de Angola, os prelados foram peremptórios em tratar da questão das eleições com muita responsabilidade, pedindo o que chamaram o voto de qualidade, pedindo igualmente a necessidade de haver muito mais informação para o interior de Angola.

No código angolano, pede-se a garantia Constitucional e legal de liberdade e respeito do direito dos cidadãos. Será que são respeitados? Solicita-se um ambiente conducente a realização de eleições livres, justas, transparentes, pacíficas e democráticas. O que é que está a ser feito para criar tal Clima?
Pede-se a existência de cadernos eleitorais actualizados e acessíveis aos eleitores, na divulgação oportuna da data das eleições, financiamento transparente e com base nos limites estabelecidos por lei, a localização de Assembleias de voto em espaços neutros e tantos outros.

O nosso objectivo é buscar contribuições, para que se encontrem vários caminhos para os angolanos desfrutarem das eleições de maneira sadia e sem problemas. É ou não necessária a divulgação diária do código de Conduta eleitoral?
JPINTO

Á LUZ DAS CONQUISTAS DO DESPORTO: COMO INCENTIVAR E VALORIZAR TÉCNICOS NACIONAIS E OS PRATICANTES DE VARIAS MODALIDADES?

O desporto, tal como outras áreas da vida nacional, tem trazido aos angolanos aquilo que muitos músicos optaram por chamar de “ pintar com as cores brancas da paz” os caminhos do desenvolvimento de Angola. O país “despiu” a guerra para “vestir “ a paz, e o desporto, também, acompanha esta nova marcha.

Gente com têmpera, com sentimentos nacionais acima de tudo vão ás quadras, aos estádios e os ringues lutar com a força física, a técnica e a táctica para engrandecer o nome deste admirável país.

Se por um lado, há o desenvolvimento nos últimos tempos do desporto nacional com sucessos atrás de sucessos a valorização dos homens e mulheres que trabalham para estes feitos vem ao de cima.

É ponto assente que os técnicos nacionais e os praticamente das varias modalidades, necessitam de incentivos, ao mais alto nível e mesmo nas bases de apoio directo, clubes e federações. Como tem sido este apoio?

Falar de apoios aos quadros desportivos nacionais parece recorrente, pois num passado recente esteve em alta na imprensa questões como as disparidades salariais entre nacionais e estrangeiros especialmente nos ramos petrolífero e diamantífero.
Os estrangeiros, segundo as informações, levavam para casa e para os seus países milhares e milhares de dólares ano, quando os nacionais (muitas vezes com experiência e competência comprovadas) se contentam com migalhas salariais. Muita gente, não se coibia em dizer que os estrangeiros quando franqueavam as portas de Angola tinham a certeza de que a riqueza estava a vista. Será o mesmo para o desporto?

No andebol, um técnico angolano trouxe recentemente alegria. No futebol, os feitos são por demais conhecidos: Oliveira Gonçalves foi alvo de muitas manifestações de apoio depois da passagem de Angola aos quartos de final do último CAN.

O técnico angolano foi o primeiro a levar os sub 20 ao mundial realizado no sul de América há alguns anos. No basquetebol o trabalho de continuidade faz de Angola o papão em África.

Mas, são os homens e mulheres do desporto suficientemente acarinhados e valorizados?

Sem descorar o apoio de quadros estrangeiros urge a necessidade de se olhar os fazedores do nosso desporto. Tem o estado em vista, por exemplo a constituição de um fundo de reforma para os atletas? O que se faz com os jogadores que terminam de maneira abrupta as suas carreiras devido a lesões, por exemplo?
Entre os escalões de formação e a alta competição: tem havido preocupação para a formação das bases que poderão garantir mais qualidade as varias modalidades?