sexta-feira, dezembro 28, 2007

Luanda

A cidade dos contrastes da vida. Da opulência e da miséria. È Luanda nos dias de hoje, em que milhões vivem na esperança e outros vivem na esperança de mais milhões para engordar os abarrotados cofres, quais o homens que acumulam o capital primitivamente.
Que venha 2008....

Feliz ano novo !!!

Muita saúde, muita paz, muito coração e claro.... algum dinheiro. Feliz ano novo

segunda-feira, dezembro 17, 2007

MCK de regresso!

O rapper angolano de intervenção social, MCK, abriu uma campanha de solidariedade para com os moradores de rua de Benguela, vítimas de abuso do poder.
A manifestação organizada por um grupo de jovens de rua do Lobito, com o apoio do projecto Omunga, visa chamar a atenção das autoridades ao nível local e nacional, sobre a necessidade de definição de políticas concretas para a inserção social das pessoas viventes na rua.
O coordenador do projecto Omunga, José Patrocínio, disse à Voz da América que na rua existe uma multidão composta por crianças, jovens, antigos combatentes entre outros que clamam por um espaço de reintegração social e que são um produto da inexistência de políticas locais para a solução da pobreza.

COMUNICAÇÃO SOCIAL ANGOLANA ENTRE ESPERANÇAS E TEMORES

Os meios que temos estão muito aquém de dar uma resposta satisfatória aos cidadãos sobre o direito a informação consagrada por lei no nosso país. Os jornais privados no país datam pouco mais de uma década e servem apenas Luanda e ainda assim com grande sacrifício.

Como se não bastasse, a maioria dos angolanos é analfabeta, segundo dados estatísticos recentes. Uns não compram jornal porque não sabem ler, outros não o fazem porque custa muito caro preferindo guardar o cem kz para o pão nosso de cada dia e o copo que muitos não dispensam.

A televisão é vista por poucos no país, primeiro devido ao factor pobreza da maioria que vê no aparelho de TV um bem para ricos. Outros chegam a comprá-lo, porém tem pouco proveito porque os consequentes cortes de energia frustra a vida, outros ainda porque o momento em que deveriam acompanhar algum programa informativo logo de manhã a televisão não apresenta nada porque só abre mais tarde.
Por causa de tudo isso, a rádio lidera os meios de comunicação e tanto cegos como iletrados conseguem acompanhar o desenvolvimento da vida do país, caso o cidadão se encontre numa capital provincial. O mesmo já não se pode dizer para o caso dos angolanos das zonas do interior, onde apelos a consolidação da paz ou chegarão distorcidos ou então numa única vertente. Que fazer no sentido de se reverter este quadro?
Frei JP, Luanda

Tundavala, na banda

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Um tributo ao Custódio “ Santa Rita”

Um jornalista abnegado. Afazeres mil, para alma empolgada no pulsar da noticia. Na crónica redigida num imaginário lançado a dois tempos.

O “Santa” dos pseudónimos mil, para distrair os abutres que (ainda) mostram as garras afinadas, o cronista de primeira linha, o amigo dos tempos que o tempo não apaga. Desde as famosas e pomposas formas de “ quebrar” o stress, aos diálogos intermináveis apimentados com as memorias que ficaram por se publicar.
Amigo, a morte é trágica. Roubou-te quanto ainda tinhas mais um projecto. As minhas linhas são poucas para descrever a grandeza da tua alma que jornalismo moldou, mas não tolheu. Aguçou, mas te manteve firme no ideal de uma informação plural, arejada e que tivesse o interior mais espaço nos grandes meios cá do sítio.
Um ode ao jornalista Víctor Custodio falecido recentemente em Luanda.....
FOTO: Santa Rita está em primeiro plano, o mais velho do conjunto.

Leba: Entre a maravilha da natureza e a criatividade do homem!

Serra da Leba, entre o Lubango e o Namibe. A estrada serpenteia por entre a montanha e rios!

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Rádio Ecclesia apaga mais uma vela

Escreveu a Voz da America em www.multipress.info
Sob o signo da confiança a Rádio Ecclésia comemora este sábado 52 anos da sua existência. Apesar de todos os constrangimentos impostos pela actual conjuntura do país, a Emissora Católica de Angola afirma-se disposta a enfrentar os desafios do futuro, pautando por um jornalismo responsável e moderno.
O editor nacional da Ecclésia, Manuel Vieira, afirmou que o aniversário daquela emissora de rádio está a ser marcado por uma reflexão sobre o jornalismo em tempo de eleições.
«Isto porque no próximo ano os jornalistas em particular e a sociedade no geral serão confrontados com o desafio da realização de eleições legislativas. Daí que a Rádio Ecclésia com o seu pessoal e com os seus convidados pretender reflectir sobre quais devem ser as normas de actuação dos jornalistas. No último processo eleitoral de 1992 os jornalistas contribuíram para a realização das eleições e para aquele cenário que se viveu. Daí que é desejo nosso fazer um jornalismo claro, plural e acima de tudo harmonioso.»
Por imperativos legais, a Emissora Católica não está permitida a emitir em ondas curtas como acontecia até à década de setenta.
Manuel Vieira remete a solução do problema às autoridades de direito, mas sustenta que com os meios disponíveis será possível evidenciar a marca da democracia informativa, para além da evangelização que constitui o objectivo supremo.
A primeira emissão da Rádio Ecclésia foi para o ar a 8 de Dezembro de 1955. Suspensa em 1978, a Emissora Católica de Angola foi reaberta em Março de 1997 com a permissão de emitir apenas em frequência modulada.