sexta-feira, dezembro 29, 2006

GOVERNO DA HUILA PAGA JORNALISTAS “ PREMIADOS” COMO OS MAIS DESTACADOS DO ANO.

“Não se é Jornalista sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia... mesmo estando desempregado” assim diz, com frequência, um companheiro ( tomo esta liberdade de chamar de amigo, o “bloguista” e jornalista de “primeira linha”, o luso – angolano Orlando Castro). Conheço profissionais que fazem do jornalismo uma missão. Os sacrifícios são enormes e as compensações, volta e meia, nulas. Há pressões variadas de defensores de objectivos desconhecidos; afastamentos compulsivos por se pensar diferente ou até mesmo castigos físicos ou veladas e encapotadas ameaças contra jornalistas. Estamos a viver uma nova era ou não? Foi entregue nesta sexta feira o prémio provincial de jornalismo da Huíla. O resultado não poderia ser mais surpreendente, pela positiva e pela negativa. O despacho noticioso da Angop é interessante “ O jornalista da Agência Angola Press (Angop) Morais Augusto da Silva é o vencedor da terceira edição do prémio provincial de jornalismo na Huíla, organizado pelo Sindicato de Jornalistas de Angola (SJA) com apoio do Governo provincial. Ao vencedor, que exerce a profissão há seis anos na Delegação Provincial como editor principal, foi entregue o montante de quatro mil dólares. Na mesma senda foram distinguidos, com menções honrosas na categoria de imprensa, o jornalista Moisés Sachipangue do Semanário "Cruzeiro do Sul", revelação para Arão Martins, do Jornal de Angola, de audiovisuais para Domingos de Sousa, da Televisão Pública de Angola (TPA) e de Rádio Difusão para Esperança Java, da Rádio Nacional de Angola (RNA), aos quais foi entregue 500 dólares cada. Já arrebataram o prémio provincial de jornalismo da Huíla, os jornalistas Machel da Rocha, da "Rádio 2000", em 2004, e Celestino Gonçalves, da Rádio 5 em 2005”. Ora, onde está o problema? Sim, o governo provincial está por detrás da iniciativa. .Parabéns aos vencedores, que os conheço totalmente.

Colera grassa Huila

Acredita-se que para a eliminação efectiva da cólera no município do Lubango para alem das medidas que já foram tomadas pelo ministério da saúde como ferver a agua para beber lavar as mãos antes e depois das refeições depois de utilizar a casa de banho as frutas limpar as ruas e enterrar o lixo o sector da saúde na província da Huila em particular do município do Lubango precisa de passar a outra fase com outras medidas acrescida. Esta fase devera ser completamente também com a medida de separar ou seja retirar as tendas de internamento de doentes com a cólera naquele lugar pois que fazendo bem a analise da situação aquelas tendas estão muito próximas do lugares onde são feitas as consultas pré – natais, consultas externas das doenças de transmissão sexuais e a praça onde muitas das vezes os familiares dos doentes ali vão para procurar algo que lhes mate a fome.

Não se compreende como é que a direcção provincial da saúde da Huila anda com os olhos fechados perante besta situação considerada como um meio muito forte e rápido de transmissão da cólera. Mesmo que a rede azul que divide os sectores já referenciados acima, pensamos que ela não será suficiente para travar os micróbios da cólera. É preciso compreender que este nosso ponto de vista não tem argumentos cientifico partiu de um simples olhar da realidade de como aquele recinto hospitalar esta dividido. Entre tanto temos ou não a razão, não queremos ficar indiferente das preocupações manifestada pela população que diariamente procuram aquela maternidade as consultas externas o tratamento e conselhos referentes as DTS e praça que fica ali ao lado. Seria muito humano se a direcção da saúde e a que foi criada pelo governo provincial da huila para combater a cólera procurasse outro lugar com novo equipamento, mesmo que o kumbu já esteve o outro destino. E preciso entender antes de tudo as necessidades primarias da população, ajudando-lhes encontrar soluções próprias que permitam evitar doenças e outras calamidades. Lubango, aos 24.10.06 Francisco Pólo Tchivela-vela.

Reconstrução vs Cidadania

Neste momento particularmente diferente de todos os tempos da historia angolana, acredita-se que todo o angolano de raiz é chamado para dar o melhor de si, não só para a reconstrução nacional que a época exige mas como também para ajudar o governo em diminuir a pobreza que atingiu muito cedo a maioria da família angolana. Entretanto, nesta tarefa, que é confiada a cada um, muitas perguntas surgem: Valerá apenas ou não que cada angolano deia o melhor de si, já que depois de passarmos para a fase da reforma somos totalmente esquecidos pelos fortes desta época. O exemplo desta realidade é assistido em cada fim do mês em que muitas das vezes aqueles que no passado muito recente deram o melhor de si para o desenvolvimento desta província são obrigados a permanecerem aglomerados durante semanas afim de levantarem as suas pensões de reforma. Muitas instituições publicas da cidade capital, nunca tiveram a mínima ideia do quanto é que aqueles velhos deram para este País, porque senão já deveriam desdobrar espaços que permitissem que aqueles velhos recebessem mais espaços como no passado. Seria justo e ate humano se os responsáveis daquelas instituições que foram confiadas a missão de atenderem as preocupação dos reformados que tivessem outras atitudes, verdadeiramente humana para se encontrar outro lado da vida daqueles que muito contribuíram para o desenvolvimento do país. É preciso compreender que se as crianças no seu dia-a-dia caiem os mais velhos não escaparão, quer dizer na lei da vida ninguém escapará da velhice, ainda que a caminhada venha ser lenta demais, lá chegaremos. Na verdade é necessário que se arranje um novo modelo adaptável aos reformados para que se produza uma determinada forma de vida social que permitirá por sua vez que estes velhos atinjam outros objectivos, valores falta de comportamento que darão coesão à realidade social actual, proporcionando uma justificação fundamental da vida e a sua forma de ser básica. Por Francisco Polo Tchivela-vela, no Lubango

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Lubango na objectiva de um admirador da cidade (II)

Lubango, vista parcial.

Lubango na objectiva de um admirador da cidade

Lubango, a cidade jardim de Angola. Foto: Jardim e fonte luminosa junto a sede do Governo Provincial da Huila.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Diário de um espião

Hollywood poderá vir a adaptar para o cinema um livro escrito pelo ex-espião russo Alexander Litvinenko, que morreu em Novembro em Londres após ser envenenado com polónio radioactivo. O grupo Braun Entertainment, com sede em Beverly Hills (Los Angeles), adquiriu uma opção de compra dos direitos cinematográficos do livro «Blowing Up Russia». Um dos actores pensados para encarnar Litvinenko no grande ecrã é Daniel Craig, famoso por interpretar James Bond na última versão do conhecido agente secreto, «007 - Casino Royale». No livro, Litvinenko afirma que o Serviço Federal de Segurança russo (FSB), sucessor do antigo serviço de espionagem soviético KGB, esteve envolvido nos atentados de 1999 contra edifícios residenciais de várias cidades russas, que causaram quase 300 mortes. Apesar de o Kremlin ter culpado separatistas chechenos pela onda de ataques, o ex-espião afirma que o FSB organizou o massacre para legitimar a segunda guerra na Chechénia e levar o então primeiro-ministro Vladimir Putin à presidência russa. O ex-espião, que vivia exilado no Reino Unido e cuja estranha morte é investigada pela Scotland Yard, acusou Putin de estar envolvido no seu envenenamento numa carta tornada pública logo após sua morte. FONTE. JORNAL ON LINE " DIÁRIO DIGITAL"

DEFINIÇÃO (?)

"A vida, ou é uma aventura excitante ou então, é nada" AUTORA: Helen Keller

O poeta!

O poeta é um fingidor finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente E os que lêem o que escreve na dor lida sentem bem não as duas que ele teve mas só a que não têm"

Natal: uma fronteira entre a fome e a opulência.

Um dos sinais dos tempos modernos da nossa sociedade é a falta de solidariedade para com o próximo, mesmo o mais próximo, ou o distante. Solidariedade, um palavra linda, é por mim repetidamente motivo de reflexão profunda. Das bocas de alguns “ defensores do templo” ouvimos por estes dias palavras de calor dirigidas a quem sobre. Serão palavras reais ou rimas sinistras montadas com ridículas operações de charme. È assim em Luanda e é assim no Lubango, em Cabinda e Kuito. Aqueles que encheram os bolsos com dinheiro fácil, arranjam tostões furados para crianças de barriga inflamada e cabelos acastanhados. Grande cinismo, mas pura realidade. O ritual repete-se, fastidiosamente, ano após ano. A dose deste teatro, orquestrado nos mais adornados apartamentos e vivendas, sobe de tonalidade. São os tempos que correm com os seus conceitos materialistas beirando a rotura de um sistema de coisas aparentemente felizes de fora, mas por dentro pronto a cair de podre.

Cólera “corre” para a Humpata

A doença atingiu esta semana, sem apelo nem agravo, o pitoresco município huilano da Humpata. Segundo dizem do terreno até a esta terça feria, quadra festiva, dez pessoas tinham apanhado a epidemia, quando uma pessoa jazia na casa mortuária do hospital municipal abatido pela doença que mais “intimida” neste momento as autoridades sanitárias angolanas. O mais faltal da noticia é que a cólera espalha-se pala província. Se antes eram apenas dois municípios, a lista parece agora aumentar, exigindo a tomada global de medidas capazes de alterar o curso das coisas. O chefe local da saúde anunciou o aumento das campanhas de limpeza ( apenas só agora que a doença pressiona, mesmo sabendo que “ quando a casa de outros vizinhos ardiam, poderiam colocar as suas de molho”, por um lado, e por outro o técnico de saúde diz que há medicamentos suficientes para acudir os doentes. Nada mais falso. Pelas dimensões da Humpata, as dificuldades de acesso a zonas remontas das comunas como Bata –Bata, Leba ou Palanca podem estancar este plano de emergência. È que na Humpata, como em outras zonas de Angola, há zonas em que o medico não vai e, portanto, não leva saúde....

A nostalgia ( daqueles) dias da radio!

Às 24 horas de 24 de Dezembro ou às 00 horas de 25 de Dezembro, conforme a interpretação de cada um, há precisamente 100 anos, um engenheiro canadiano, Reginald Fessenden, emitia a partir de Boston, EUA, a primeira emissão radiofónica transmitindo uma melodia de Natal tocada por ele mesmo num violino e passagens da Bíblia. Na altura, foram os navios ao largo da cidade quem primeiro recebeu a primeira emissão radiofónica do Mundo. Cem anos depois, a Rádio ainda junta povos, em volta de transístores, sendo o único veículo informativo e formativo de inúmeras comunidades como, por exemplo, nas regiões mais interiores de África. Cem anos depois, ainda é a Rádio quem me faz sentir vivo principalmente quando se tem a oportunidade de acordar ao som discreto, ou vibrante, de um qualquer tipo de música. Cem anos depois, ainda é a Rádio quem, primeiro, mais facilmente nos oferece a vós e o perfume dos nossos países. Como recordo, com saudade, a voz calma de Sebastião Coelho ao oferecer-nos uma xícara de café quente ou a voz estonteante e forte de Francisco Simmons a relatar – como só ele sabia – uma partida de basquetebol ou de hóquei em patins, ou a voz bem timbrada de Pedro Moutinho, no Rádio Clube do Lobito, a dar-nos as últimas notícias do dia. Era na rádio que ouvíamos as emissões dos movimentos de Libertação, ou da Voz da América, ou a Rádio Moscovo, ou Voz da Suiça, ou a sempre actual BBC – a primeira emissora a despertar-me para o Golpe dos Capitães, nas primeiras horas da madrugada, estava eu em pleno alto mar, no Infante D. Henrique, já que regressava à minha Angola depois de uns meses vividos em Portugal. Foi também na Rádio que pela primeira vez ouvi a voz quente do pai do soul, James Brown, hoje falecido. O éter ganhou mais uma estrela e mais sonoridade; a Rádio ficou menos rica embora nos valha o seu arquivo. Ok! admito!! Provavelmente andará por aqui uma galopante PDI, mas que a Rádio ainda é Rádio, lá isso é. DO BLOG “ PULULU.BLOGSPOT.COM”

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Lubango: Vista parcial

Lubango, ex. cidade Sá da Bandeira, a razão de existencia deste blog criado em Luanda, tal é o tamanho das saudades de todos os dias e os dias todos.
Foto gentilmente cedida pelo companheiro escriba Morais Silva ( estamos juntos " angopeiro") mostrando um pouco do palácio do Governo e a sede regional sul do BNA.

Quebra stress, com K - jornalistas associados ( 2ª edição)

Está de volta o " Kebra Stress, jornalistas associados". A discussão da vida profissional, o modus vivendi da classe, o " assalto" editorial de grupos profissionais ao país, o dia a dia dos jornalistas e as eleições vistas na midia são temas em destaque. " KEBRA STRESS, PORQUE NÃO SÓ DE TRABALHO VIVEM OS ESCRIBAS"!!!! Segunda edição dia 18 de Dezembro de 2006. Local: Luanda. Promotores: Santa Rita ( jornal o Indepedente) e Tomás de Melo " Sakamoto" ( Rádio Ecclesia)

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Invasão ( quase) silenciosa na Matala

O perímetro irrigado da Matala, uma área agrícola com sete mil hectares de terra arável na província da Huíla, está a ser invadida desde meados deste ano por construções anárquicas, denunciou hoje, o administrador do municipio, Manuel Capenda. Gerido pela Sociedade de Desenvolvimento da Matala (SODEMAT), o perímetro possui seis mil hectares de terra para produção agrícola e mil especificamente para multiplicação de sementes, segundo a fonte. O administrador fez saber que por debaixo das novas construções anárquicas estão cabos de alta tensão, já que a área está localizada nas imediações da Central Eléctrica da Baragem da Matala, o que representa um grande perigo. Manuel Capenda, que não fez referência ao número de casas já construídas e que medidas a administração vai tomar, denunciou igualmente a existência de grupos de indivíduos não identificados que sabotam equipamentos no zona do perímetro irrigado.

Chuveu, o caudal do rio encheu e a energia está de volta. Grande Huila.

A noticia é da ANGOP: “ As províncias da Huíla, Namibe, Cunene e Kuando Kubango têm garantidas o fornecimento de energia eléctrica durante a quadra festiva, uma vez ter aumentado o caudal do rio Cunene, fonte de sustentação da barragem da Matala. A garantia foi manifestada pelo director regional sul da Empresa Nacional de Electricidade (ENE), Celestino João, salientando que neste momento dois grupos geradores estão a funcionar na Matala e estão a produzir 11 megawatts". A noticia faz rir. A Huila deve ser a única zona do mundo onde por falta de agua num rio a barragem entre de ferias....

Dom Mbilingui no Lubango

O Papa Bento XVI nomeou Dom Gabriel Mbilingui como Bispo Coadjutor da Arquidiocese do Lubango. O bispo ora nomeado é actualmente o titular da Diocese do Luwena. Dom Gabriel permanecerá no governo pastoral daquela Arquidiocese como Administrador Apostólico até à nomeação do Seu sucessor. Dom Gabriel Mbilingui nasceu a 17 de Janeiro de 1958 na localidade de Bândua, no Andulo, Diocese de Kwito-Bié. Frequentou e concluiu os estudos secundários no Seminário Menor dos Padres Espiritanos, e os estudos de Filosofia e de Teologia no Seminário Maior, no Huambo. Foi ordenado Padre no dia 26 de Fevereiro de 1984. Desempenhou os cargos de Vigário paroquial e de Reitor do Seminário Maior do Espírito Santo, no Huambo. De 1995 a 1998, foi Superior Provincial da Congregação do Espírito Santo. Logo depois foi nomeado como Conselheiro do Superior Geral da sua Congregação em Roma. Nomeado Bispo Coadjutor do Lwena aos 15 de Outubro de 1999 por Sua Santidade o Papa João Paulo II, recebeu a consagração episcopal a 6 de Janeiro de 2000, passando para Bispo Residencial do Lwena no dia 7 de Janeiro do mesmo ano, em sucessão a Dom José Próspero Puaty, de feliz memória. É desde 2003 Vice-Presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé. De salientar que o Bispo Coadjutor é sucessor do Bispo Diocesano para cuja Sede foi nomeado. No caso vertente, Dom Gabriel Mbilingui sucederá a Dom Zacarias Kamwenho como Arcebispo do Lubango, depois de um determinado tempo a fixar-se entre ambos e com a anuência da Santa Sé.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

MÁSCARAS

As primeiras imagens de mascaras, guardadas na minha memória há longo prazo, são as utilizadas por mukixes, aqueles mukixes das lundas que na minha meninice provocavam em mim um misto de prazer e medo, entre o querer ver e o fugir a figura. Lembro-me de ter visto até pelo menos até os dez anos mukixes com diferentes máscaras. Seria aquele um aspecto natural ou por trás da mascara estava um homem? Para minha infelicidade só obtive a resposta em Luanda. Os anos de escolaridade vieram mostrar-me que aquelas máscaras eram as mais expressivas do nosso país. Fiquei feliz, afinal não eram só os diamantes que lembravam às Lundas. Por ocasião do carnaval apercebe-me que as mascaras não eram uma propriedade dos Lundas, que afinal há aqui muita gente que usa mascaras, existem até bailes de mascaras durante o tempo de carnaval. Rapidamente dei-me conta que em cabinda e em outras partes também usam qualquer coisa que esconde o rosto, que afinal não são só os lundas que usam tão bem as máscaras. Vi também que máscaras entram em vários rituais do nosso país, rituais para pedir benção, ritual de iniciação, ritual para a resolução de problemas comunitários,rituais disso e daquilotro, no fundo rituais para quase tudo, confesso que fiquei impressionado com tamanho uso que se faz das máscaras. Mas a vida ensinou-me confesso que n’alguns momentos de forma dura que tal como a carne e o espirito, existem também mascaras visíveis e invisíveis. Licenciados que se mascaram de doutores, enfermeiros que obrigam as pessoas a chama-los paramédicos, mascaras como da jovem que com rosto de inocente mas que o pecado borbulha nas suas entranhas. Mascaras dos que se fazem passar de big boss mas que não estão com nada. Querem andar com gente fina, confundindo a opinião do mero observador da carne exposta, quando na realidade não passa do arroz com peixe frito. Mascaras do sucesso a custa da desgraça alheia. Uma verdadeira vida do faz de conta, como da mulher daquele estadista que arrependeu-se de ter envelhecido e foi morrer de graça numa operação plástica, na tentativa de colocar uma mascara jovem no rosto envelhecido. São tantas as mascaras que o jogo da cabra sega desapareceu ou está em vias de extinção devido as mascaras. Quanta coisa se perdeu devido ao uso das mascaras! Não sabia que as mascaras modernas meteriam mais medo que as mascaras da minha Lunda. Mas se lhes fica bem e até são elogiados quem sou eu para os contrariar? São apenas mascaras. POR MANUEL JOSÉ

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Radio ECCLESIA: A voz dos sem voz

51 anos são passados. O tempo ruma sem cessar, os ideais permanencem. Vez pós vez, os sem voz procuram guarida num dos simbolos da democacracia que " teima" em nascer e crescer na terra de Mandume e Ekuikui. Em Março de 1997, exactamente 42 anos depois do início das emissões regulares, e cerca de 20 anos após ter sido encerrada, a Rádio Ecclesia foi re-inaugurada, na presença de sua Eminência o Cardeal D. Alexandre do Nacimento, Arcebispo de Luanda e Presidente da Conferência Episcolal de Angola e S. Tomé, do Ministro ds Comunicação Social e outras individualidades eclesiásticas e personalidades do mundo da Comunicação Social de Angola. As novas instalações, no bairro de S. Paulo, situam-se no edifício sede da Conferência Episcopal de Angola e S. Tomé – CEAST. Como Emissora Católica, a Rádio Ecclesia tem como fins específicos, além dos consagrados para todos os Órgãos de Comunicação Social: - garantir o direito dos Angolanos à informação; - difundir valores evangélicos, de modo a tornar a sociedade angolana mais justa, fraterna e solidária; - respeitar e participar no desenvolvimento integral da pessoa, que implica as dimensões culturais, transcendentais e religiosas do homem e da sociedade angolana; - criar um espírito de tolerância, respeito e convivência pacífica entre todos os angolanos.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Nova dimensão (2)

Falar de nós próprios lança-nos, quase sempre para um pequeno ( e nem sempre salutar) narcisismo. Daí que quando observei a necessidade de falar da ( minha) “nova dimensão” profissional, sem esquecer o passado, corria o risco de lançar debate. È um risco necessário. Correr este risco apronta-se como uma forma de fazer do nosso mosaico profissional um caminho regrado com letras de simbolismo maior. Quando bati com a porta da ( ou talvez alguns quisessem que eu batesse...) Radio Huíla, a reflexão foi um refugio de dois meses. Entre ponderar parar e arriscar mais uma vez um caminho pelo mundo das noticias, uma força interior lançou-me em mais uma aventura nesta senda. Corria o mês de Agosto do ano de 1997. Depois do apronto inicial, sou recebido pelo chefe adjunto dos serviços de produção da Radio 2000. Cláudio Dias, sem sorrisos ou contemplações não olha a meios para colocar-me no caminho da ( sempre aprazível) informação da comercial da altura. “ Sabemos nós mais do mundo.... do que o mundo sabe de nós” era a lógica informativa corporizada numa estação para mais de um milhão de habitantes no cosmopolita Lubango. Uma semana de estagio e vale a introdução nos caminhos da apresentação de noticias, também com incentivo de alguns companheiros que hoje aportaram para a concorrência da comercial. Começo as 12 horas depois de um modelo de introdução adoptado pelo chefe de produção, o veterano e cá para mim um dos melhores radialistas de Angola, Horácio Reis. Um caminho aprazível, apesar das dificuldades que se seguem....

terça-feira, dezembro 05, 2006

Os dias da Rádio

Mais duas estações de rádio, em frequência modulada, numa cidade qualquer do interior de Angola é sempre uma mais valia. A importância torna-se maior numa estratégica localidade como o Lubango, onde muita da informação canalizada na época levou um ligeiro desenvolvimento económico, publicidade e uma lógica democrática às terras altas da Chela, muito por “culpa” do fenómeno radio. Depois de momentos áureos, hoje as estações locais, ao que tudo indica, não estão a satisfazer os já exigentes ouvintes. Constata-se no terreno uma gritante falta de pessoal habilitado, principalmente na comercial. A publica local, numa áurea superior, trata das matérias dentro da sua lógica de trabalho, profundamente pró governo. O serviço publico não é o que poderia ser. O eventual surgimento das rádios “ Chela” (comercial) e a “ Transmundial”( evangélica – cristã)que não deverá descorar aspectos como a informação, são hoje uma esperança para a província. Esperança renovada, a não ser que os "dias da radio" sejam ultrapassados por outros desejos. Foto: O autor num dos estudios da Radio Ecclesia.

sábado, dezembro 02, 2006

Há alguns anos numa cobertura em directo para a Rádio 2000, entrevistando o antigo ministro da reinserção social e hoje embaixador no Japão, Albino Malungo. Pode-se ainda ver Ramos da CRuz, governador da Huila, Fernando Borges ( de costas) o maior ganadeiro de Angola.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Lubango e duas novas estações de rádio em FM

Duas novas rádios privadas prontas a emitir em frequência modulada na cidade do Lubango aguardam pelas respectivas licenças para começarem com a actividade de radiodifusão na província da Huíla. Trata-se das rádios Chela e Transmundial. A Multipress apurou que a primeira será de cunho comercial, enquanto a segunda estará virada para a vertente religiosa, uma vez pertencer às igrejas evangélicas sem afastar, entretanto, o lado informativo. Tudo quanto foi possível apurar, as respectivas rádios já dispõe de instalações e estúdios para a emissão, faltando apenas a autorização necessária dos órgãos competentes. O responsável pela instalação da Rádio Transmundial no Lubango, reverendo Dinis Marcolino, disse acreditar não serem motivações políticas que estarão por detrás do impedimento na abertura de mais rádios. Para ele, existirá vontade política de quem dirige para o surgimento de mais rádios e estações televisivas, mas o excesso de burocracia que se assiste no país e os aspectos complementares à nova Lei de Imprensa, afiguram-se como os principais obstáculos. (Foto: O logotipo da rádio 2000, a antena comercial do Lubango)«Eu não sei se é vontade política mas creio que é problema da legislação creio que é problema da legislação e portanto a Lei de Imprensa foi aprovada mas ainda falta a regulamentação dessa lei, então se calhar um dia sai a regulamentação, as coisas serão melhor eu creio que não falta vontade política. Deve haver alguns problemas, processos administrativos o nosso país tem problemas administrativos ou seja a burocracia as vezes é muito difícil, é muito grande». O reverendo Dinis Marcolino advoga que já é tempo de Angola abrir-se mais para a diversidade de informação e cita como exemplo a República Democrática do Congo que nesse capítulo, apesar das conturbações políticas que tem vivido, deu passos importantes. «O povo precisa de ter alternativas, não é temos a rádio Huíla temos a rádio 2000 mas quanto mais diversificada estiver a informação melhor! Só para dar um exemplo aqui o vizinho Congo Democrática ela tem cerca de 30 rádios privadas e 15 estações televisivas, portanto e Congo Democrático sabemos país com várias turbulências militar, políticas Angola também tem que pouco a pouco avançar nesse caminho». ( Foto: o imponente edificio da Radio Huila, da RNA) Na Huíla funcionam apenas duas rádios a emissora local da Rádio Nacional de Angola e a Rádio 2000, instituições que segundo algumas vozes críticas da região, se mostram incapazes de responder às necessidades de informação que se exige cada vez mais isenta e transparente de qualquer interesse político.(Teodoro Albano)