sexta-feira, dezembro 26, 2008

OS JORNALISTAS …

Conheço dois dos melhores jornalistas investigativos de Moçambique. Lá melhor do que cá, é possível ser assim… JORNALISTA DE INVESTIGAÇÃO.

As reportagens sobre o tráfico de drogas têm apaixonado a sociedade moçambicana graças ao trabalho árduo de alguns dos meus estimados colegas lá das terras do " zumbo, ruvuma, maputo" .

Sei das razões por cá e questiono-as bastante.
O Celso e o Luís são companheiros de todas as horas e das horas todas. Sabem servir. Nunca sucumbem pelo elogio, mas a crítica os salva sempre. O Luís Nachote foi eleito o melhor jornalista de Moçambique em 2008. Amealhou milhares de dólares, mas a humildade que o caracteriza continua.
São jornalistas do canal de Moçambique (www. canalmoz.com) que detêm, também, um jornal semanal. Os dois são membros do Fórum de Jornalistas investigativos de África FAIR.
A reviravolta no jornalismo Moçambicano originado por Carlos Cardoso, um notável jornalista, é sempre uma lufada de ar fresco que impulsiona voos concretos neste “lamaçal” que se chama comunicação social, onde há jornalistas, uns que fingem ser, outros limitam-se a estar no muro, feito gatos, sem descer (para o jornalismo) ou sem continuar (vedetas espectadoras).
Ser jornalista significa, como digo sempre, “ contar a vida com notícias”.
FOTO: Celso Manguana, Luís Nanchote e Manuel Vieira, Joanesburgo recentemente na Universidade de Witts, África do Sul.

quinta-feira, dezembro 25, 2008

Pavilhão da " Senhora do Monte" transformado em arrecadação

A prova provada da falta de visão da gestão desportiva na Huíla. Depois de acolher o Afrobasquet 2007, hoje, por falta de incentivo ao desporto de massas para jovens e não só, os " iluminados" lá da banda, optaram por lá colocar motos, carros de mão, bicilhetas, cadeiras plásticas, caixas e outra "bunginganga"! Isto foi o que sobrou da campanha do " M".
O " Angola Jovem"( um programa do governo para apoiar os jovens) quer levar esses meios a outros cantos.
Com tanto espaço na cidade do Lubango, foi justamente o pavilhão " multi uso" escolhido para este mau uso.
Tenham paciência, meus senhores! Um inquérito já devia ser aberto.

Protecção civil com insuficiências na Huíla

As fortes chuvas que caem na Huíla “destaparam” mais uma informação guardada com rigor pelas autoridades policiais da província. Ficamos a saber, afinal, que a Huíla não tem sistema de alerta rápido eficaz e uma protecção civil capaz de fazer face, de imediato, a catástrofes naturais.
A província, com 14 municípios está a viver uma época de fortes chuvas, cujas consequências estão a ser bastante nefastas para as populações, tanto das zonas periféricas do Lubango, como em zonas longínquas como Caconda, Caluquembe e Chipindo, esta ultima localidade no extremo nordeste da província.
As últimas contas apontam 3 mortos, centenas de casas destruídas (490), dezenas de viaturas atoladas no sentido Lubango Huambo e infra-estruturas administrativas danificadas. Fontes bem colocadas garantem que o espectro da fome pode ser uma realidade em breve na província, devido a destruição de vários hectares de culturas de produtos alimentares devido a força das águas.

Um quadro superior da estrutura local dos bombeiros (hierarquicamente dependente do Ministério do Interior e do Comando Provincial da Policia Nacional) manifestou repetidas vezes em publico que a protecção civil local tinha insuficiências na articulação de mecanismos de “reacção rápida” para acudir as populações. 0 Homem terá sido repetido vezes ignorado.

Como resultado, o apoio falta as vitimas das últimas chuvas. Ninguém assume a responsabilidade.

Um natal feliz, o meu desejo

Um feliz natal aos leitores deste humilde canto de ideias da Huíla e para o mundo. Um forte abraço a todos.
Manuel Vieira, Luanda

Lubango: A igreja e os terrenos

A Arquidiocese do Lubango sensibiliza os seus órgãos sobre a legalização dos bens da Igreja Católica no seu espaço.

O Bispo coadjutor, Dom Gabriel Mbilingue, incentivou neste sentido a assistência à missa a que presidiu anteontem na Sé Catedral.
«Cada Paróquia, cada Missão e cada Centro Missionário devem legalizar junto das instituições civis os bens móveis, imóveis ainda pertencentes nos», exortou o prelado.
A exortação contemplou o aviso do novo governador da província no sentido de os cidadãos saberem proteger-se das expropriações ilegais.
A expropriação de terras férteis é uma das pragas sociais que assolam a província da Huila, assaltada pelos novos ricos com os seus projectos.
O espaço arquidiocesano de Lubango cobre as províncias de Huila e Namibe.

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Governador da Huíla dá (e ainda bem) um sinal de travão!

Quando aumenta a turba dos defensores de mais terras para os ricos e poucas para os pobres em Angola, eis que o Governador da Huíla, Isaac Maria dos Anjos, lança um sinal, pequeno por sinal, em travar a tendência de expropriação de terras nas zonas altas da Chela.

A condição solicitada pelo engenheiro agrónomo é a legalização dos terrenos pelas populações da Huíla. São as dezenas os cidadãos que viram as suas terras retiradas por pessoas com mais posses e alegadamente fazendo parte das “ cercanias” do poder local.
Assim aconteceu com alguns cidadãos que tinham as suas casas erguidas na Nossa Senhora do Monte ou mesmo pessoal retiradas compulsivamente da zona das Ganguelas, no município da Chibia onde pode ser construído um perímetro irrigado. Apesar da expropriação por interesse pública, as populações nunca foram indemnizadas.
O Governador aproveitou para prometer mais casas no Lubango e em outras zonas da província. São ao todo mil casas para a capital, residências de media e renda.
Isaac dos Anjos, corre assim em direcção contrária do seu homólogo e correligionário do Namibe, Álvaro de Boavida Neto. O chefe do executivo do Namibe, sem contemplações disse que os populares que têm terras e não produzem vão perde-las.
Se o dos Anjos não soçobrar aos interesses das conexões do poder local e central, para o bem da população, será um exemplar chefe do executivo das terras do planalto sulista.
O antigo embaixador angolano em Pretória e ex ministro da agricultura e densevolvimento fala assim pela população. Ou é apenas "fogo de artíficio"?
Foto: Sede do Governo Provincial da Huíla

Huíla: O comboio da discórdia

Um insólito acidente ferroviário ocorrido recentemente no sentido Lubango/Matala cortou a circulação de locomotivas do Caminho-de-ferro de Moçamedes (CFM) entre as duas estratégicas cidades da Huíla.

Segundo revelações no terreno, forntes chuvas terão carcomido a terra por debaixo das vigotas e carris, de maneira cíclica, e ao se fazer á linha como é habitual, uma composição ferroviária descarrilou.
O COMBOIO “MATOU” OU NÃO?
Uma notícia desta semana dava conta de que o descarrilamento do comboio terá provocado a morte de três pessoas. As vítimas não foram identificadas na peça jornalística assinada por André Amaro, um jovem da delegação do Jornal de Angola no Lubango. A noticia que foi rapidamente disseminada pelas média em Luanda.

A Rádio Ecclesia, emissora católica de Angola em Luanda, ligou para o director do CFM, Júlio Bango Joaquim, para aprofundar o assunto. Bango Joaquim, que foi citado (como fonte principal) na notícia do Jornal de Angola acabou desmentir tudo em termos menos diplomáticos para com o jornalista que informou de maneira inicial o assunto. “ As tais três pessoas que dizem que morreram eu não vi, em o tal jornalista viu” disse Júlio Bango, para acrescentar que “ isso não é noticia. Uma coisa é o comboio que descarrilou outra é o povo que quis atravessar e que foi com agua. Não conformou porque não vi” afirmou o Director Geral do Caminho – de – Ferro de Moçamedes.

Saliente-se que a Rádio Huíla, num despacho ao CANAL A em Luanda, falava do acidente, mas nada sobre as vítimas. O responsável disse ainda que tudo se deve a questões de catástrofes naturais. O que aconteceu é inevitável, pois foi junto de um rio. Garantiu por outro lado que não tratava de um comboio de passageiros.
O director-geral do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes, Júlio Bango Joaquim, assegurou por outro lado, que uma equipa de técnicos de uma empresa chinesa já se encontra no local no sentido de repor a situação, no mais curto espaço de tempo.
Segundo o Jornal de Angola, a interditação do comboio entre o Lubango e a Matala está a causar enormes transtornos os comerciantes e camponeses que utilizam este meio para a deslocação dos seus produtos de um município para o outro.
BANGO JOAQUM vs IMPRENSA
Recentemente, o Director, um economista e professor do Instituto Médio de Economia do Lubango (IMEL), concedeu ao correspondente regional do NOVO JORNAL, uma extensa entrevista em que falava dos planos para 2009.
Um dos planos é a extensão do CFM para Menongue a capital do Kuando Kubango, com o concurso de técnicos chineses. Contudo, o Director já não fala para o Chela Press, um jornal regional, depois de notícias publicadas sobre um alegado mau estar com alguns trabalhadores na central no Lubango.
Nos meses de Outubro e Novembro chegou a negar sucessivos pedidos de entrevista da Rádio Ecclesia por alegada questões de agenda.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

O Lubango da saudade!

Missão católica do Lubango, os dias todos e todos os dias de um passado de alegria.

HORÁCIO REIS: “ AO LUBANGO… UM MONTE DE HISTÓRIAS” (I)

Nunca um trabalho aturado sobre o percurso, o desenvolvimento e as perspectivas da Rádio foram tão incisivas sobre o Lubango e redondezas.

Este viveiro claro do fenómeno radiofónico em Angola e Portugal continua incólume, hoje menos que ontem, na formação de novos quadros para potenciar o espectro radioeléctrico do país. Este para já é a meu ver o primeiro mérito do livro de Horácio Sousa dos Reis, publicado recentemente no Lubango. Trabalhei com Horácio Reis, directamente de Agosto de 1997 á Setembro de 2002, altura em que fui contratado pela Rádio Ecclesia.
Conheço boa parte das histórias narradas no livro. As mais recentes ainda ecoam (apesar dos anos e novos compromissos profissionais) pela minha memória. O Horácio é metódico no livro, narrando as histórias sempre na primeira pessoa. Discordo de alguns aspectos, mas concordo profundamente com a pertinência de se colocar mais informação á historia da Rádio na Huíla, um ponto que tem sido investigado por alguns profissionais especialmente radicados no exterior ( Portugal), mas altamente desprezado pelas novas gerações de quadros que auguram um lugar ao sol, no nosso mosaico jornalístico.
Apesar de alguns conflitos que tivemos, sei que nutrimos uma estima mutua que o tempo não apaga. O livro, em jeito de memórias, lança ao público o percurso de um profissionais de rádio mais cotados do Lubango e que por lá permanece apesar das agruras da vida, as vicissitudes e as apostas de outros quadros para novos “ poisos” profissionais.
O livro tem 212 paginas em que o autor discorre sobre a rádio do tempo colonial, altura em que se iniciou nestas lides, a sua passagem como estagiário em 1968 na Rádio comercial de Angola, a ida ao Moxico para a Rádio Clube, a entrada para o Rádio Clube da Huíla, e depois para a Rádio Nacional na Huíla. Horácio fala ainda da sua ida como sócio á Rádio 2000 onde ocupou no início o cargo de chefe dos serviços de produção e posteriormente administrador geral da empresa.
No Livro “ AO LUBANGO… UM MONTE DE HISTÓRIAS”, o jornalista não esquece a sua saída menos boa da gestão da Rádio 2000, não se coibindo, contudo, a criticar alguns “ ingratos” que terão desestabilizado a Rádio 2000. Na página 197, Horácio reis fala de “ um trabalho de desestabilização que estava a ser movido, por certos trabalhadores que, valendo-se dos seus lugares de chefia, conseguiram arrastar uma boa parte”. Aqui o autor fala com muita mágoa e acima de tudo do que se seguiu, a demissão dos implicados. Acrescenta o autor que “ naturalmente que a Rádio 2000, viria a ressentir-se desta situação deixando de ocupar um lugar cimeiro no contexto da comunicação social da região sul”.

Horácio Reis, nascido em Portugal em 1948 no Lubango notabilizou-se com crónicas apimentadas, com criticas extremamente abertas a governação local e a certos sectores da sociedade. “ Café Amargo” foi uma crónica diária e de saudade na rádio comercial. “Ecologicamente Falando” na minha rubrica semanal a segunda-feira em volta e meia “ Ecologia e suas vertentes” marcou-me profundamente. Encontrávamos temas para e educação ambiental dos habitantes do Lubango. O programa chegou a uma audiência de 30 por cento de ouvintes, emitido entre as 21 e as 23 horas. (Estudo independente, com uma “amostra” de milhares de ouvintes).
O livro foi lançado com a chancela da “ ALFA Editora” um novo projecto de Horácio Reis, detentor até hoje da única agência publicitária do Lubango, a ALFA. O livro passa pela crónica, a narração do percurso do autor, poemas e também uma colectânea das melhores notas e apontamentos que lançou para o ar nos 97.5 e 97.00, as duas frequências que a Rádio 2000 utilizou anos a fio. O prefácio foi escrito pelo falecido Carlos Andrade, um radialista de grande falia, sócio da Rádio 2000, poliglota, mestre de locução, humorista e director técnico da estação.

Pavilhão que acolheu o Afrobasquet no Lubango vira armazém.

Dificuldades no fornecimento de energia, porta de entrada principal quebrada, são alguns dos problemas que apresentam o pavilhão multiuso de “Nossa Senhora do Monte”, no Lubango, um ano depois da sua construção.

Actualmente o all de entrada está ser usado para armazenamento de motorizadas, e outros equipamentos no âmbito do programa Angola Jovem para alem de um lote de bicicletas da Associação Provincial Ciclismo.
A Direcção dos Desportos depara-se com inúmeras dificuldades para gerir a situação já que não existem verbas cabimentados para manutenção do pavilhão.
A porta de entrada quebrada é de inteira responsabilidade da empresa “CEIEC”, uma construtora chinesa contratada para erguer a infra estrutura.
Devido as dívidas avultadas, a empresa de manutenção já abandonou o recinto, situação que pode acontecer com também com a empresa de segurança.
O placard electrónico, o marcador de vinte e quatro segundos são alguns dos elementos que apresentam debilidades no seu funcionamento.

Críticos na Huíla mostram-se profundamente agastados com esta nítida falta de visão e gestão do pavilhão multiuso, que de tem agora um uso totalmente diferente ao inicial. Hoje é um reles armazém.

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Matala (2)

Os planos de desenvolvimento do governo da Huíla, para a zona da Matala, podem encontrar alguns entraves, devido aos “ joguetes” pelo protagonismo que se observa entre alguns dignitários locais.

O acesso ao capital, a exposição mediática e a reivindicação pelos louros do sucesso do projecto podem ser factores que inibem o sucesso do projecto de desenvolvimento da Matala, enraizado numa comissão definida pelo governo central nos últimos anos ao constituir a SODEMAT, uma sociedade vocacionada ao desenvolvimento deste estratégico município á leste do Lubango.
As informações são insistentes na necessidade da gestão ser centralizada e se passar a prestação de contas exactamente sob a alçada do governo central.
Mas também alerta-se para a necessidade da SODEMAT e os seus tentáculos de prestação de serviço não se venham a transformar numa super poderosa estrutura que venha a ofuscar a acção e protagonismo do actual Governador Engenheiro Isaac Maria dos Anjos.
Não será por mera coincidência, que o novo governador teve nos últimos dias a sua mais mediática viagem de “controlo” ao interior, depois de visitar o norte da Huíla. Exactamente a Matala.

Foto:Barragem da Matala

terça-feira, dezembro 09, 2008

Gambos: Entre a fome e a exploração

O Padre Jacinto Pio Wakussanga, na frontalidade que lhe é conhecida, criticou mais uma vez o “ paradoxo da abundância e a pobreza extrema das populações dos Gambos”.

Este município do sul da Huíla vive momentos particulares que exigem uma intervenção urgente, sob pena da situação caminhar para uma crise humanitária de que não há memoria. Há fome, seca, crise alimentar, doenças e falta de hospitais ou centros de saúde para alem do Chiange, a sede municipal.
Segundo o sacerdote em declarações a Ecclesia “ a população não vê um Cuanza da exploração de granito negro, mármore e outros minerais de grande valia, exportados para a Ásia e Europa” mas, acrescenta “ a população vive numa penúria jamais vista”.
Empresas como a ANGOSTONE e EMANHA continua a explorar, destruindo montanhas, destruído florestas de maneira impune e pouco regulada, sem cumprirem com a sua responsabilidade social junto das populações. Nos Gambos há imponentes fazendas e gado de corte para os grandes “ investidores” oriundos de Luanda e Lubango, mas a população vive da sua fatal agricultura de subsistência e a criação do gado familiar. O gado miúdo.
O Padre Pio, pós graduado em resolução de conflitos numa universidade do Reino Unido, é uma das poucas vozes do “ sul” falando sobre as populações locais. O resto anda mudo e sabe-se bem porquê…

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Agricultores pobres podem perder terras no Namibe

O governador do Namibe, Álvaro de Boavida Neto, disse, recentemente que quem tem terras e não as rentabiliza corre o risco de os perder.
Boavida Neto, antigo líder da JMPLA, não teve receio de dizer que estas terras serão entregues aos investidores no ramo. Isto é seguramente o mesmo que dizer que as terras serão entregues aos novos novos-ricos que surgem em Angola, aqueles que comem tudo e não deixam nada.
Boavida Neto, o mesmo que na campanha dizia que MPLA está a lutar contra a pobreza e não deixava outros partidos recolher assinaturas (FPD, por exemplo) disse que o processo de expropriação compulsiva de terras está á caminho.

Certamente alguns dos homens que têm acesso a varias formas de ter mais riqueza já estão no terreno a procura de zonas para iniciar o investimento, sob protecção do poder local.

Boavida Neto, sem rebuços aponta como solução, não o acesso a micro créditos por parte dos agricultores, mas retirar as terras.

Extensos hectares de terras tornaram-se improdutivos no Namibe, zona desértica, devido a falta de imputs agrícolas, apoio a irrigação artificial e acima de tudo devido a falta de dinheiro. Grandes extensões de terras, com culturas variadas, foram destruídas a cerca de dois/ três pelas águas que desciam do planalto da Huíla, fruto de fortes chuvas que se abatiam na região das Serras da Chela e do Bimbe.