terça-feira, agosto 28, 2007

A carapuça

" Ser fiel aos seus pensamentos é uma posição nobre para quem assume as suas obrigações ".Serve esta frase para responder á um leitor deste blog, desconhecido, que lançou palavras menos amistosas sobre mim e sobre o Orlando.
Não foi respondido, este comentário desabonatório, por limitações de trabalho, viagens, para Joanesburg e Lubango, entre outras coisas. Volta e meia precisamos de tempo para estas actividades.
( O Orlando é para mim um ícone e " bloguista" de primeira linha)
Conforme disse, em tempos um articulista, " compreendo, no entanto, que muitos dos meus colegas sejam voluntariamente obrigados a não cuspir no prato que todos os dias os alimenta. Poderiam contudo, digo eu, deixar trabalhar todos aqueles que quando aplaudem não têm medo de cair da árvore".
Esta é a posição de alguns.... A minha é dar o rosto e olhar para todos. Mesmo para o covarde desconhecido que se esconde na carapuça da escuridão para lançar "farpas" á quem de cabeça erguida assume os seus pensamentos, mesmo com limitações de varias ordem.
PS: Obrigado ao Orlando Castro pela força.

domingo, agosto 26, 2007

Jornalista?

Foi por estes dias que, há 35 anos, me ensinaram que se os jornalistas não vivem para servir aqueles que não têm voz, não servem para viver.
Como continuo a pensar que isso é verdade (cada vez mais verdade, tal é o crescente número dos que continuam sem voz), é caso para dizer que o que nasce direito… tarde ou nunca se entorta (também pode ser ao contrário).
Hoje, digo eu, os media estão cada vez mais superlotados de gente que apenas vive para se servir, utilizando para isso todos os estratagemas possíveis: jornalista assessor, assessor jornalista, jornalista cidadão, cidadão jornalista, jornalista político, político jornalista, jornalista sindicalista, sindicalista jornalista, jornalista lacaio, lacaio jornalista e por aí fora.
OBS: Faço minhas as palavras de Orlando Castro. Texto publicado aqui http://www.altohama.blogspot.com/

Integração regional político e económica: como tornar efectiva esta intenção?

Angola assume-se cada vez mais, como mentora de novas estratégias de segurança regional na comunidade de países da África austral, SADC.

Uma política de boa vizinhança terá sido engendrada. Junto dos dois Congos, por exemplo, a situação está totalmente controlada. Angola também mantém boas relações com a Zâmbia e o Zimbabwe, apesar de politicamente haverem "nuvens negras" a pairarem sobre o relacionamento político- estratégico com a África do sul.
Por outro lado, Angola assumiu recentemente a presidência do órgão responsável pela política, defesa e segurança regional da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral. Isto aconteceu numa Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, onde Angola se faz representar pelo próprio Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Se no capitulo da segurança estamos conversados, a integração regional parece conhecer momentos menos bons no âmbito social. O desenvolvimento do países da região é nitidamente feito em "ilhas". Falar do nível de organização social da África do sul, da Namíbia e do Botswana é diferente de Angola e do Zimbabwe.

Uma cimeira sobre a pobreza foi marcada para o próximo ano, mas nos dias que correm, há milhares de jovens que deambulam pelas ruas da amargura a espera de uma oportunidade de trabalho ou ter um pão para levar á boca. Que políticas sociais existem na região? Como fazer crescer as economias regionais de maneira harmoniosa?
Outro olhar vai para a circulação de pessoas e meios pela região. Há alguns anos projectou-se a criação de uma estrada que ligaria o Cabo da boa Esperança, na África do sul ao Cairo no Egipto. Esta via, pomposamente chamada de via Pana- africana ainda continua nos projectos dos seus mentores.

Como fazer, com que os cidadãos circulem livremente pela região, sem grandes restrições, a semelhança da Europa comunitária? Há a possibilidade de supressão de vistos entre os catorze membros da comunidade.
PS: Breve reflexão sobre "Angola na região". Um painel com distintos convidados realizado e emitido na Rádio Ecclesia - emissora católica de Angola com a moderação do autor deste blog.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Moçambique!

" Do Rovuma ao Maputo e do Índico ao Zumbu" continuam a ser as divisas que marcam saudades que o tempo não apaga. Ademais, pela simplicidade de um povo que mereceu " esquecer" a quentura da guerra, para " esfriar" as feridas numa harmonia que os tempos vão justificar com as suas escritas de ouro.
Por aquelas "bandas", diga-se cada vez mais de passagem, a amizade é o trunfo de todos os dias e dos dias todos. Da experiência bebida de companheiros da classe ficou o sabor de um jornalismo activo, mas em alguns sectores, necessitando de vitalidade. Um desses aspectos são os conteúdos das rádios comunitárias. Mas acredito num futuro radioso, para quem, como nós ousamos tentar sem fugir, ao invés de fugir dos sonhos sem tentar. São algumas das lições de vida das terras das machambas e da marabenta.
E salta á vista a importância para as comunidades o surgimento destas estações de rádio, algumas delas incentivadas pela UNESCO e pelo governo moçambicano. Quem dera que por cá também tal fosse uma realidade...
PS: Texto dedicado aos camaradas de jornada em Maputo, angolanos e moçambicanos. Este é, caros amigos, um dos " tributos que vos devo!

Normal... ou nem por isso

Volta e meia, desagregados ou nem por isso, o " paranormal" atinge a necessidade de acreditar nas nossas convicções para ( depois) triunfar.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Escritos do nada

Volta e meia, um passo. No regresso a pressão para dois a retaguarda. Caminhos torpes, dos modernos tempos intemperados.
Loucura da velocidade dos dias, dificuldades para conter os mensageiros da desgraça! Quais abutres famintos, sempre na confusão de todos os dias e dos dias todos.
Como diria o "blogista" de primeira hora, é sempre a confusão entre " a estrada da beira e a beira da estrada". Vale por isso tentar sem fugir e olhar para os que fogem, sem antes mesmo, tentarem. São os escritos do nada.