A activista Britânica ligada à Global Witness, Sarah Wikes já tem autorização para deixar Angola a qualquer momento. A noticia foi publicada nesta quarta feira, em Luanda, pela Emissora Católica de Angola, Rádio Ecclesia. Não foi dito se o processo continua, mesmo com a investigadora fora do país.
As autoridades judiciárias angolanas levantaram a interdição que pesava sobre si na sequência de um processo judicial por crime de espionagem e contra a segurança de Estado de que vinha acusada.
O Procurador-geral da República, Augusto Carneiro, garantiu ter recebido do Procurador em Cabinda a autorização para Sarah Wikes sair de Angola quando entender.
O procurador provincial já deferiu o pedido e enviou-nos uma mensagem a comunicar o seu despacho, disse o responsável. “A senhora pode até sair do país hoje se quiser”, acrescentou Augusto Carneiro numa entrevista concedida a dois correspondentes da imprensa estrangeira em Angola que persistiram em falar com o magistrado em Luanda.
Vários sectores do país criticaram a detenção da activista dizendo que o “ governo está a disparar contra os seus próprios pés”.
Sara Wikes está no entanto impedida de sair de Angola, devendo aguardar que sejam instruídos os autos para o julgamento, no qual deverá então ser acusada de espionagem. A Global Witnesss, ONG ao abrigo da qual a activista se encontrava em Cabinda, já divulgou recear que este inquérito se prolongue por vários anos.
Recorde-se que a activista foi detida na rica região petrolífera de Cabinda, no âmbito da Campanha Internacional pela Transparência na Indústria Petrolífera «Publique o que Se Paga», se iria encontrar com líderes cívicos locais para discutir como os lucros do petróleo angolano estão a ser dispendidos.
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