sexta-feira, setembro 01, 2006

Um invulgar exemplo de invulgar coragem e coerência

Orlando Castro, jornalista angolano ao serviço do Jornal de Notícias desde 1991 e colaborador de luxo, digo eu, do Notícias Lusófonas desde a primeira hora, vai lançar, dia 23 de Setembro, na Casa de Angola, em Lisboa, o seu quinto livro, com o título “Alto Hama – Crónicas (diz) traídas”. Editada pela Papiro e com o prestimoso e incondicional concurso da Casa de Angola de Lisboa, “Alto Hama – Crónicas (diz) traídas” é a reunião dos comentários de Orlando Castro que temos tido o grato e honroso prazer de publicar (e, permitam-me a imodéstia, disso sou testemunha) ao longo da existência do Notícias Lusófonas. «Algemas da Minha Traição» (1975), «Açores – Realidades Vulcânicas» 1995), «Ontem, Hoje... e Amanhã?» (1997), «Memórias da Memória» (2001, com prefácio de Arlindo Cunha, são outros títulos da autoria de Orlando Castro, cuja relação com o jornalismo começou muito antes da independência do País no jornal “A Voz dos Mais Novos”, órgão de informação do Liceu Nacional General Norton de Matos de Nova Lisboa. Orlando Castro, quer cá (Portugal) como lá (Angola), é dos poucos que merece o título de Mestre desta profissão e que elegeu o Jornalismo por acreditar religiosamente que com a caneta pode-se lutar por dias de Sol mais quentes, dias melhores e melhores dias, por mais pão, amor, liberdade e democracia. Pena é que os néscios que (des) mandam em Angola, quais aprendizes de políticos e pessoas que a todo custo querem ser gente, julguem (quem lhes conferiu esse direito?) o Orlando pelo simples facto de assumir (trata-se, pois, de um acto de invulgar coragem e coerência) que o seu presidente foi (é) aquele que no mês de Setembro de 1992 prometeu “Calças Novas” sem sequer falar do feitio. Será isso, nos tempos que correm, crime em Angola? É segura e garantidamente, digo eu por minha conta e risco, para todos aqueles que ainda confundem a obra-prima do Mestre com a prima do mestre-de-obras ou a beira da estrada com a estrada da Beira. Fonte: O arauto, Jorge Eurico

Um comentário:

Orlando Castro disse...

Obrigado Manuel Vieira, obrigado "Serra da Chela" por transcreverem o imerecido elogio que o Jorge Eurico teve a amabilidade de escrever sobre mim.
Longe ou perto... estamos juntos.
Kandando