A RDP quer recuperar culto da voz na rádio. A música já não é a principal atracção da rádio. A Televisão, a Internet e os Leitores de Áudio Digital (LAD) contribuíram para isso, mas continua-se a insistir em estações musicais com play lists de gosto duvidoso. Nestas emissoras, a palavra tem sido ostracizada e, para piorar o cenário de si já muito negro, os noticiários estão - segundo José Mário Costa, responsável pedagógico da rádio pública, em declarações ao jornal "Diário Económico" - «hipotecados à agenda, aos jornais feitos na véspera e às agências de comunicação». Não é de admirar, portanto, que a rádio portuguesa tenha perdido quase mil ouvintes por mês, no último ano.
As novas tecnologias permitiram que o tradicional imediatismo da rádio encontrasse rivais nas televisões e nas edições online dos jornais. Uma das armas para que a rádio ainda seja um medium dinâmico e competitivo é a mais antiga forma de comunicação humana: a voz.
Assim sendo, é de saudar que a RDP se baseie «no modelo anglo-saxónico da BBC e quer, a médio e longo prazo, assentar a sua informação no “tripé” editor, produtor de informação e apresentador. “O que se passa actualmente é que são os editores a apresentar as notícias, ficando sem tempo para ir atrás das notícias e para as descascar”».
Será a formula certa para que a rádio recupere os ouvintes que perdeu? Se não é, pelo menos está no bom caminho.
Do Blog Http/ ouvidor.blogspot.com
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