Um dos momentos áureos da comissão instaladora da juventude ecológica de Angola na região sul( Huila, Namibe e Cunene), foi a realização de uma excursão exploratória das potencialidades turísticas da Huila e do Namibe. Corria o ano de 1999 e lá estávamos nós, prontos para dias de aventura e observação.
O espírito da livre aventura, parece que andava já encubado em nós. Com carro alugado pusemo-nos na estrada. Seriam mais de duzentos kms de estrada, até chegar próximo da foz do rio Cunene no município Namibense do Tômbwa.
Depois de uma paragem de algumas horas no Namibe, pusemo-nos, deserto a dentro para o município que fica no meio de dunas. São 93 Kms a sul do Namibe, numa zona deslumbrante! São areias, montes, repteis e claro a “ mirabilis”!
Uma das imagens que guardo até hoje da vila do Tômbwa, é o duelo entre o homem e as areais. È que o deserto teima em continuar a sua marcha rumo ás zonas habitadas. Soterrar tudo e todos parece ser o lema. Mas os homens não podem aceitar, mesmo com dunas a atingirem mais de dois metros de altura!
As plantas lançadas á terra num projecto de local arborização dificilmente chegam a idade adulta, para cumprir o seu papel de cortina florestal, porque a falta de água acentua a sua “sede”.
Mas a batalha entre o homem e o deserto vai continuando, qual o frasinho David tentado derrotar o gigante Golias e o seu exercito de dunas, areais e ventos fortes soterrando tudo a volta, inclusive um cemitério. O campo santo foi assim revestido de uma nova camada de areia. A quem dissesse que os mortos foram duas vezes sepultados. Manuel Vieira
2 comentários:
ola amigo, tenho lidos os teus textos. Também sou da Huila radicado em Los angeles. Bem haja
Paulo Costa
Esta é pois a visão felzi de um ambientalista. Sou mebro da Fundação Quissama e julgo ser de exstrema importacia ver materias publicadass por jovens sobre os caminhos do nosso ambiente. Um abraço e sempre que navegar vou dar um " salto" ao teu blog.
Aristeides pacavira
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