Os “ Olonguende”, caminhantes em Português e os “ Kandimbas (coelhinhos) de Santa Cecília”, são dois dos mais representativos grupos de teatro do Lubango. Muito mais por carolice e hobby, é que eles vão resistindo. Faltam-lhes apoios, mas os jovens resistem os intempéries da vida. O teatro como forma de manifestação cultural, ganha no Lubango uma dimensão maior. Com o sector musical de rastos, a pintura e a escultura “respirando ofegante”, só mesmo o teatro consegue dar o ar da sua graça para não lançar para as “calendas gregas” uma das melhores e expontâneas formas de produzir uma bela arte. Para o “ boom” que se regista nesta disciplina de arte em muito contribui a radio, alias não é de hoje. Data de 1999 ou ano 2000 que realizadores, especialmente da comercial, optaram por preencher alguns dos seus espaços com diálogos sobre o teatro, encenações ao microfone, e como isso, claro, a massificação da actividade através da atribuição de bilhetes aos ouvintes, em troca de publicidade para as peças a serem exibidas nas improvisadas salas de teatro. O destaque ia para a sala da associação “ ADRA”, a custo zero. Ora, seis anos depois, visitando o Lubango pude constatar que o teatro foi a única coincidência em dois programas de uma manhã de radio. Era sábado e como se não bastasse no mesmo horário, o espaço 9H –10H. Na comercial, Radio 2000, o programa matinal era preenchido com a conversa com um actor do “ Olonguende”. Já na Radio Huila, o director artístico dos “ kandimbas”, que pertencem a missão católica do Lubango, debitava momentos de uma peça sobre HIV Sida e ao que parece tinha muita aderência. E assim caminha ( va) o teatro no Lubango, pelo menos na radio. Mas fiquei sem saber se eram os grupos que mais espaços conseguiram nas rádios ou eram os realizadores que se renderam ao sucesso desta bela arte.... Manuel Vieira
Um comentário:
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Carlos Lopes
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