As fortes chuvas que caem na Huíla “destaparam” mais uma informação guardada com rigor pelas autoridades policiais da província. Ficamos a saber, afinal, que a Huíla não tem sistema de alerta rápido eficaz e uma protecção civil capaz de fazer face, de imediato, a catástrofes naturais.
A província, com 14 municípios está a viver uma época de fortes chuvas, cujas consequências estão a ser bastante nefastas para as populações, tanto das zonas periféricas do Lubango, como em zonas longínquas como Caconda, Caluquembe e Chipindo, esta ultima localidade no extremo nordeste da província.
As últimas contas apontam 3 mortos, centenas de casas destruídas (490), dezenas de viaturas atoladas no sentido Lubango Huambo e infra-estruturas administrativas danificadas. Fontes bem colocadas garantem que o espectro da fome pode ser uma realidade em breve na província, devido a destruição de vários hectares de culturas de produtos alimentares devido a força das águas.
Um quadro superior da estrutura local dos bombeiros (hierarquicamente dependente do Ministério do Interior e do Comando Provincial da Policia Nacional) manifestou repetidas vezes em publico que a protecção civil local tinha insuficiências na articulação de mecanismos de “reacção rápida” para acudir as populações. 0 Homem terá sido repetido vezes ignorado.
Como resultado, o apoio falta as vitimas das últimas chuvas. Ninguém assume a responsabilidade.
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