" ...Há grandes dificuldades para se investigar assuntos. Alguns dos jornalistas que partiram para a investigação não conseguiram chegar até ao fim.
Alguns tiveram maus momentos como pressão psicológica, perda de emprego sem justificação e mesmo morte (Ricardo de Melo).
A investigação jornalística continua a ser uma aventura em Angola, devido aos interesses corporativos das empresas jornalísticas, a linha editorial de alguns, a falta de verbas, a fraca disponibilidade dos profissionais embarcarem para iniciativa independente, as dificuldades na assunção plena de uma liberdade de imprensa (Angola está no lugar 116, de uma lista publicada recentemente pela organização RSF – repórteres sem fronteiras), a débil formação dos jornalistas e ainda as conexões próximas do poder que rondam os órgãos de comunicação social e por último uma certa cultura do medo enraizada no seio de varias camadas sociais.
Estas, colegas, são algumas das causas da falta de um rigoroso jornalismo de investigação no nosso país. O caso do colega da Nigéria, claro, é diferente de nós. O contexto é diferente e a historia nacional também é diferente...)
Extracto de um trabalho apresentado recentemente em Joanesburgo, Africa do Sul, por Manuel Vieira, na Universidade Wits numa conferência sobre "Jornalismo Investigativo" na cimeira anual do FAIR - Forum African for Investigative reporters , de que é membro efectiivo. Mais informações em http://www.fairreporters.org/
Um comentário:
Investigar o quê?
Quem te deixar vasculhar o quê?
Onde começar sem ser cangado?
Em que país se vive para investigar?
Tb. tentei e desisti várias vezes...
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