sexta-feira, dezembro 19, 2008

Huíla: O comboio da discórdia

Um insólito acidente ferroviário ocorrido recentemente no sentido Lubango/Matala cortou a circulação de locomotivas do Caminho-de-ferro de Moçamedes (CFM) entre as duas estratégicas cidades da Huíla.

Segundo revelações no terreno, forntes chuvas terão carcomido a terra por debaixo das vigotas e carris, de maneira cíclica, e ao se fazer á linha como é habitual, uma composição ferroviária descarrilou.
O COMBOIO “MATOU” OU NÃO?
Uma notícia desta semana dava conta de que o descarrilamento do comboio terá provocado a morte de três pessoas. As vítimas não foram identificadas na peça jornalística assinada por André Amaro, um jovem da delegação do Jornal de Angola no Lubango. A noticia que foi rapidamente disseminada pelas média em Luanda.

A Rádio Ecclesia, emissora católica de Angola em Luanda, ligou para o director do CFM, Júlio Bango Joaquim, para aprofundar o assunto. Bango Joaquim, que foi citado (como fonte principal) na notícia do Jornal de Angola acabou desmentir tudo em termos menos diplomáticos para com o jornalista que informou de maneira inicial o assunto. “ As tais três pessoas que dizem que morreram eu não vi, em o tal jornalista viu” disse Júlio Bango, para acrescentar que “ isso não é noticia. Uma coisa é o comboio que descarrilou outra é o povo que quis atravessar e que foi com agua. Não conformou porque não vi” afirmou o Director Geral do Caminho – de – Ferro de Moçamedes.

Saliente-se que a Rádio Huíla, num despacho ao CANAL A em Luanda, falava do acidente, mas nada sobre as vítimas. O responsável disse ainda que tudo se deve a questões de catástrofes naturais. O que aconteceu é inevitável, pois foi junto de um rio. Garantiu por outro lado que não tratava de um comboio de passageiros.
O director-geral do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes, Júlio Bango Joaquim, assegurou por outro lado, que uma equipa de técnicos de uma empresa chinesa já se encontra no local no sentido de repor a situação, no mais curto espaço de tempo.
Segundo o Jornal de Angola, a interditação do comboio entre o Lubango e a Matala está a causar enormes transtornos os comerciantes e camponeses que utilizam este meio para a deslocação dos seus produtos de um município para o outro.
BANGO JOAQUM vs IMPRENSA
Recentemente, o Director, um economista e professor do Instituto Médio de Economia do Lubango (IMEL), concedeu ao correspondente regional do NOVO JORNAL, uma extensa entrevista em que falava dos planos para 2009.
Um dos planos é a extensão do CFM para Menongue a capital do Kuando Kubango, com o concurso de técnicos chineses. Contudo, o Director já não fala para o Chela Press, um jornal regional, depois de notícias publicadas sobre um alegado mau estar com alguns trabalhadores na central no Lubango.
Nos meses de Outubro e Novembro chegou a negar sucessivos pedidos de entrevista da Rádio Ecclesia por alegada questões de agenda.

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