O governador do Namibe, Álvaro de Boavida Neto, disse, recentemente que quem tem terras e não as rentabiliza corre o risco de os perder.
Boavida Neto, antigo líder da JMPLA, não teve receio de dizer que estas terras serão entregues aos investidores no ramo. Isto é seguramente o mesmo que dizer que as terras serão entregues aos novos novos-ricos que surgem em Angola, aqueles que comem tudo e não deixam nada.
Boavida Neto, o mesmo que na campanha dizia que MPLA está a lutar contra a pobreza e não deixava outros partidos recolher assinaturas (FPD, por exemplo) disse que o processo de expropriação compulsiva de terras está á caminho.
Certamente alguns dos homens que têm acesso a varias formas de ter mais riqueza já estão no terreno a procura de zonas para iniciar o investimento, sob protecção do poder local.
Boavida Neto, sem rebuços aponta como solução, não o acesso a micro créditos por parte dos agricultores, mas retirar as terras.
Extensos hectares de terras tornaram-se improdutivos no Namibe, zona desértica, devido a falta de imputs agrícolas, apoio a irrigação artificial e acima de tudo devido a falta de dinheiro. Grandes extensões de terras, com culturas variadas, foram destruídas a cerca de dois/ três pelas águas que desciam do planalto da Huíla, fruto de fortes chuvas que se abatiam na região das Serras da Chela e do Bimbe.
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