Quando aumenta a turba dos defensores de mais terras para os ricos e poucas para os pobres em Angola, eis que o Governador da Huíla, Isaac Maria dos Anjos, lança um sinal, pequeno por sinal, em travar a tendência de expropriação de terras nas zonas altas da Chela.
A condição solicitada pelo engenheiro agrónomo é a legalização dos terrenos pelas populações da Huíla. São as dezenas os cidadãos que viram as suas terras retiradas por pessoas com mais posses e alegadamente fazendo parte das “ cercanias” do poder local.
Assim aconteceu com alguns cidadãos que tinham as suas casas erguidas na Nossa Senhora do Monte ou mesmo pessoal retiradas compulsivamente da zona das Ganguelas, no município da Chibia onde pode ser construído um perímetro irrigado. Apesar da expropriação por interesse pública, as populações nunca foram indemnizadas.
O Governador aproveitou para prometer mais casas no Lubango e em outras zonas da província. São ao todo mil casas para a capital, residências de media e renda.
Isaac dos Anjos, corre assim em direcção contrária do seu homólogo e correligionário do Namibe, Álvaro de Boavida Neto. O chefe do executivo do Namibe, sem contemplações disse que os populares que têm terras e não produzem vão perde-las.
Se o dos Anjos não soçobrar aos interesses das conexões do poder local e central, para o bem da população, será um exemplar chefe do executivo das terras do planalto sulista.
O antigo embaixador angolano em Pretória e ex ministro da agricultura e densevolvimento fala assim pela população. Ou é apenas "fogo de artíficio"?
Foto: Sede do Governo Provincial da Huíla
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