Vejo sempre com incontida emoção as imagens, que volta e meia, são passadas pela TV. Apesar do sentimento, de pura expectativa que de mim se apossa, a fustração, faz o resto, depois. E a explicação afigura-se simples.
Na anseia de ver obra feita, os olhos são de tal maneira arregalados, desbotados mesmo. E nada. Nada porque a terra que me viu nascer, ainda continua com o mesmo ar rural de sempre. Apesar de ter sido erguida muito antes do Lubango , por exemplo, muito mais cedo zonas há que se mostram mais densevolvidas, a velha Caconda dos famosos Távoras, continua uma sombra de si mesma.
E as desoladas imagens de areas que lembram ao diabo da guerra, são as mais mostradas. Injusto seria dizer que nada se faz. Mas convém também garantir - porque conhecemos com que linhas se cosem as nossas ideias de governação - que muito se poderia fazer. Zonas como o Cruzeiro, Mario Moutinho, Clube e outras que fizeram as delicias na nossa infância, continuam no caos que a guerra lançou, mas tambem nos dias de hoje, na incoerência de quem manda. Se não fosse o banco privado que ai se instalou, o estratégico municipio que se acha a meio caminho entre o Lubango e o Huambo, estaria ainda hoje no mapa do quase esquecimento que se apossou das remotas zonas no interior de um dos mais ricos países de Africa.
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