A noticia soava preocupante. Os homens da seringa, enfermeiros, querem partir para uma greve. Os apelos dos pacientes para eram lacinantes, afinal uma greve tem sempre consequencias para o zé povinho. Os enfermeiros assim pensam porque estao sem salarios a 3 meses. O jornalista, reporter de radio olha para isso como uma oportunidade informativa. Noticia colhida, facto divulgado. Todos os elementos da noticia sao difundidos. Mas o facto dura pouco. O gestor da pasta de saude pressiona o director do meio e este, claro, ordena o concelamento puro e simples da noticia, pois pode provocar perigosos danos a provincia. O homem, preocupado, pede conselhos, mas a sua preocupacao continua. Pode ser expulso por divulgar um facto verdadeiro. Uma greve iminente, por uma causa justa. Com o rabo entre as pernas, o nosso colega nem sequer tem a coragem de recorrer a arma da denuncia de algo que é absolutamente verdadeiro, aqui a censura deixou de ser encapotada. Anda a luz do dia, acompanhado os incansaveis reportes que todos os dia fazem algo para manter o povo do Lubango, relativamente informado.
Um comentário:
E tudo isso aconteceu...
Manel,
Não quero bicefalizar o debate, estando sempre presente no teu cantinho de "desabafos". Mas, como sabes, há muita coisa em comum entre tu e eu. Daí o soltar deste grito que nos une. Dar voz aos factos omissos ou omitidos. Tanta e quanta coisa semelhante se passa nos O.C.S. de Luanda?
Tb. já fui castigado por ter anunciado o corte de energia que a EDEL fez a luz do dia e acompanhada de polícias, a uma agencia do BFA na rua Joaquim Kapango.
Sabes qual foi o resultado? -Suspensão durante 15 dias e corte de um subsídio que só fiquei a saber que tinha direito ao mesmo depois da sentença ( Subsidio de edição).
Não que pretenda cuspir no prato em que comi e que voltarei eventualmente a comer. Mas são exemplos do quanto vamos em termos de jornalismo "in"dependente.
S.C.
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