16 meses depois da ultima estada, procurei voltar ao Lubango, beber das aguas da Chela.
Voltar para continuar em paz com a consciencia, reconhecer os amigos e conversar, conversar muito. Esperava ver mais. Tinha a expectativa de ver menos buracos nas estradas, ver investimento. Mas as ideias iniciais, fugiam da mente quando do taxi que me tirou do aeroporto da Munkanka para a casa, olha a cidade do cristo rei. Apesar de engalanada para o turismo, sol e ferias de todos os Agostos, a muito se fazer. Dá um aperto no peito, saber que os meses passam e a cidade fica sem energia. Os buracos, que limpava da minha consciencia, afinal existem. Alguns podem virar crateras dentro em breve se os que mandam na municipalidade nada fizerem. Pelo andar da carruagem suspeito que dentro de meses quando regressar vou reconhecer as crateras nos mesmos lugares, aqueles que para eles olhei com magoa. Como ambientalista fui espreitar a senhora do monte e descobri os efeitos do desmantamento. Também, é obovio, ninguem fala. Reconheci os amigos, conhecei outros caramarads jornalistas. Senti que o sentido critico está a crescer, mas lentamente. As amarras da auto censura em alguns meios ainda faz morada. Falamos da falta de ousadia em mostrar a quem manda, o mais que poderia ser feito. Debalde. Alguns pensam que ser taxado, rotulado, é muito grave num meio com este. Entendi que, afinal , por cá há quem prefira ter a imprensa manietada para daí retirar as conhecidas vantagens....
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