As notícias que chegam do Lubango já começam a arrepiar. Se num passado recente esta era tida como uma das mais calmas cidades do país, subitamente o gráfico de crimes subiu, atingido o vermelho, atingindo o pico. São crianças que aparecem esquartejadas; aumento do numero de jovens violadas; raptos frequentes de crianças; brigas que terminam em mortes; assaltos espectaculares junto de pontes e por ai alem.
Para nós que escolhemos, momentaneamente, outra cidade para viver, o rumo que o nosso Lubango vive já começa a cair nas raias do desespero. As zonas peri urbanas da cidade, onde a urbanização ainda não tem planos para atingir, são as mais prejudicadas. Com um policiamento deficiente, os vagabundos só dão largas a imaginação para atingir os seus negros intentos.
Mas as causas, desta súbita subida nas contas dos crimes, são variadas. A pobreza, a marginalização dos jovens, o consumo de drogas e álcool, a falta de opções de vida ou a ambição rumo ao súbito enriquecimento podem ser arroladas como causas desta onda de crimes. Segundo revelam amigos meus no Lubango, é agora extremamente perigoso circular junto das várias pontes que pululam pela cidade – lembro que a cidade é atravessada por dois rios, Caculuvar e Mukufi, e mais acima no Nambambe há outro. Talvez a saída seja optar pela descentralização das esquadras de policiais. Com autonomia em meios e operacional, acredito que zonas remotas possam contar com agentes que quantos mais não sejam para dissuadir os “ amigos de coisas alheias” a pensarem bem antes de agirem. Penso que assim o relatório diário da corporação possa ficar com menos sangue.
Foto: Cristo Rei, um dos ex libris do Lubango
Um comentário:
angola é vitima da sua riqueza e da sua pobreza. Contrasenso de pessoas que atiram para a sarjeta o que de mais importante há, o povo. Fui
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