Foi um Aurélio Cabral algo triste que apareceu, recentemente, aos microfones da Rádio Ecclesia e nas páginas do “ Chela Press”. O administrador do municipio dos Gambos dizia a dado passo desta entrevista que “ sentia-se impotente para conter os apetites de pessoas que querem terras no municipio”. O desesperado chefe administrativo, aparentemente estava longe de conter as palavras quando referiu que inúmeras vezes vezes elas são desautorizadas. Praticamente ninguém ouve o homem. Cabral informou que a sua proveniência ( é um quadro indicado pelo “galo negro”) poderia ser uma das causas dos excessos dos agora fazendeiros que obtêm a sua licença a partir de gabinetes instalados em Luanda ou no Lubango, a sede da província da Huila. O administrador, talvez deliberadamente, esqueceu-se de referir que o fenómeno é antigo. No auge da guerra, a “conversão” de muitos oficias superiores, ministros, directores nacionais e quadros próximos do centro da nomeklatura, foi notada. È um fenómeno que ganhou força e hoje ai estão as consequências. Enormes quantidades de terra foram privatizadas. Alguns investem na área para fazer da Huila um grande potencial agrícola dopais. Mas, muitos há que estabelecem-se ao fim de semana nessas coutadas, algumas equipadas com pequenos aeródromos, apenas para caçar. É uma forma que encontraram para acabar com o stress da grande cidade. O premir do gatilho para o abate de especieis animais variadas tornou-se assim num novo hobby. Um acto snob que os detentores de capital adoptaram, tudo para depois mostrar aos seus amigos de Luanda e Lisboa a carne fresca das coutadas que emergem até em zonas protegidas contra a caça ilegal. E então administrador!
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