segunda-feira, outubro 08, 2007

Uma lista muito negra!

Neste Outubro chega ao fim o prazo de três longos meses de punição a transportadora aérea nacional de sobrevoar ou pousar no solo Europeu.

Na altura ouviram-se vozes contra, protestos de retaliação e o estudo de vias alternativas para minimizar esta medida tida como negativa para um país soberano, dono de si e conhecedor das leis e normas internacionais.

A inclusão da TAAG na lista de companhias proibidas de voar no espaço aéreo europeu foi adoptada pela Comissão Europeia.

Na altura a Comissão Europeia anunciou que recebeu um parecer favorável, por unanimidade, do seu Comité de Segurança Aérea à quarta actualização da lista do executivo de companhias proibidas de voar no espaço aéreo europeu, por razões de segurança.

Pelo que se sabe, foi a França que, pela primeira vez, detectou anomalias graves a nível da segurança dos aviões desta companhia. Acompanharam a TAAG companhias de outros países com Indonésia, Nigéria, Congo democrático entre outros.
Por azar dos pecados, no dia em que a União Europeia, através da sua Comissão Europeia anunciou a intenção de incluir a companhia de bandeira angolana TAAG na lista negra de companhias áreas impedidas de voar no espaço europeu por razões de segurança, uma aeronave da TAAG, um Boeing 737-200, despenhou-se quando se fazia à pista de Mbanza Congo, proveniente de Luanda, embatendo num edifício.

Este foi apenas o ultimo de uma série de acidentes de aviação que Angola conheceu. Os antonovs, aviões de carga russos, despenharam-se pelo país. Dezenas de pessoas morreram e a assunção da culpa não veio á publico. Quem assume a culpa?

Há gente que exige a cabeça do ministro dos transportes, André Luís Brandão. Entre a multidão que exige a sua exoneração ou demissão está um dos mais renomados deputados do MPLA, Mendes de Carvalho.

Recentemente, talvez num truque de mestre – para antecipar a nova decisão da União Europeia - o governo de Angola aprovou o projecto de lei da aviação civil, tendo em vista a regulação das actividades do sector no espaço aéreo nacional e internacional sob jurisdição angolana. O diploma aprovado pelo Conselho de Ministros procura incorporar na ordem interna normas e práticas recomendadas pela Organização da Aviação Civil Internacional, mediante um mecanismo denominado "Normativos Técnicos Aeronáuticos".

Surgiram notícias de companhias sem cintos de segurança em condições, sem manuais de bordo, sem a possibilidade de acomodar os passageiros. Á boca pequena diz-se que o sistema de manutenção técnica de aeronaves de algumas companhias não tem sido o melhor, devido a insatisfação salarial de alguns operacionais.

Como pode um cidadão confiar a sua segurança á uma empresa de aviação que tem essas debilidades?

Um comentário:

Anônimo disse...

bb