Numa manhã sem sol, quinta-feira, o grupo de potenciais formadores, compôs-se quase por completo com a missão de explorar um outro lado da sua formação. O destino tinha sido traçado para a Rádio Moçambique, a estacão primeira da terra da Marrabenta, e o jornal Noticias, um diário que se mostra como o de maior circulação no país.
Ansiosos, os jornalistas, potenciais formadores, quase se acotovelavam para entrar no autocarro. Um veículo com desenhos escolares, semblante infantil, que por pouco fazia considerar o grupo como meros “rapazes de colégio”. Numa viagem rápida, lá estávamos nós na Rádio Moçambique. Passavam poucos minutos das nove.
Sem burocracia, um cidadão corpulento, que se identificou como director da escola da Rádio, recebeu o grupo de jornalistas de Angola e Moçambique, para as primeiras impressões. Logo, aquele jornalista assumiu as rédeas da visita de constatação da realidade actual da rádio Moçambique, proporcionando informações diversas.
Numa sala de escola da rádio, chamou a atenção dos jornalistas/ formadores a composição do conselho de administração da Rádio Moçambique; a dependência ou não do poder e a possibilidade que há em os profissionais, militantes dos partidos da oposição, reunirem-se nas instalações deste gigante da comunicação social local.
Um museu, que remonta aos anos 30, altura em que a emissora dava os primeiros passos, denominada Rádio Clube de Moçambique, foi apresentado ao grupo. Microfones do passado, maquinaria ultrapassada, fotografias dos momentos altos do estacão estão lá exibidos.
As Redacções de programas, desportiva, central de informação, do jornal da manha e a Emissora provincial de Maputo, foram visitadas.
A dada altura houve uma troca de guia - anfitrião, entrando em cena o delegado do emissor provincial de Maputo. As despedidas foram cordiais com promessas de novas visitas.
O diário NOTICIAS foi a seguir, ultima etapa da visita. A demora na recepção do grupo não retirou a expectativa e a boa disposição da turma. Anedotas foram contadas para animar o grupo.
Um jovem jornalista, redactor da redacção cultural, foi o guia. Rápido nas respostas, não se coibiu em dizer que um melhor salário seria bom para o desempenho dos 32 jornalistas que compõem a casa que carrega a história do país, com mais de 80 anos informando Moçambique.
Numa redacção com computadores desalinhados, ligeiramente ultrapassados pelas novas tecnologias, o anfitrião foi descrevendo o dia a dia de funcionamento do Jornal Noticias.
Um olhar rápido á sala de paginação, seguido de uma visita á gráfica, foram os outros caminhos que finalizaram a nossa visita ao jornal. Referência ao assessor técnico do jornal que trabalha na gráfica metade do tempo de vida do NOTICIAS.
Como VISÃO o homem do jornal espera pelo recurso ás novas tecnológicas para cada vez mais concorrência no mercado.
Um regresso ao hotel, sem morosidade, mas aproveitado para um turismo “ocasional” onde o destaque foi a imagem de um dos maiores prédios da Africa Austral com 33 andares, na baixa de Maputo.
Uma viagem, dois órgãos da comunicação social que acompanham todos os dias o pulsar de um país.
( Um trabalho escrito e apresentado por MV no curso de formadores em Midia- Maputo)
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