
segunda-feira, outubro 30, 2006
Diogo Cão

Saudades......

Quebra stress, com k!

Os " fofoqueiros legais"
Este é o nome que os " Peregrinos" adotaram para uma peça teatral crítica sobre o trabalho dos jornalistas, o seu papel social, as apostas na vida e o impacto junto das comundades. Numa peça de teatro apimentada com humor, condimentada com críticas directas aos jornalistas, a gritante necessidade de formação na area e muito mais. Os "Peregrinos" fazem mais. Criam cenarios que os jornalistas de Luanda ( que é o espaço onde eles estão inseridos)conseguem melhorar o seu desempenho. Mas eles transportaram para a peça, que tive a oportunidade de assistir neste domingo num convívio com alguns companheiros da classe denominado " QUEBRA STRESS, COM K" aqui em Luanda, o mesmo vicío que assola alguns grupos de teatro cá do sitío. Tem sempre que entrar a mulher que segue o marido, o ciúme cego, o analfabelismo, as crenças no feitiço e outras questões rotineiras que fazem parte das encenações contemporaneas. Urge, pois, a necessidade dos grupos de teatro diversificarem as cenas com temas mais ousados. Quem sabe mais politica de facto, mais temas que vêm mexendo com o país nos dias que correm para que a "perigrinação" á uma cultura mais heterogenea seja de facto assumida. Mas vale o improviso. Devia, é, valer também a formação que mesmo os " fofoqueiros legais" precisam.
sexta-feira, outubro 27, 2006
O crespúsculo! A grande culpa da Chuva.


Requalificação urbana do Lubango: entre as intenções e a pratica

quinta-feira, outubro 26, 2006
quinta-feira, outubro 19, 2006
Jornalista angolano despedido por querer ser Jornalista.

quarta-feira, outubro 18, 2006
Chela Press, o sobrevivente.

terça-feira, outubro 17, 2006
Rádio 2000, mais uma e outra vez... O rei vai nu!
De um tempo a esta parte, a estação comercial do Lubango, também conhecida por Rádio 2000, ganhou uma fama tremenda em Luanda. A fama é toda ela pela negativa. São acumulados erros crassos que deixam a estação literalmente “penada” junto da opinião pública. Primeiro foram fugas de vários quadros para Luanda. Quando ela tentava andar melhor, eis que um braço de ferro entre jornalistas e direcção, termina com a saída de um gestor. Acto continuo o novo gestor não perde tempo e manda para a maioria dos bons quadros. A qualidade tornou-se assim sofrível. Jornalismo cambaleante e deformado. Uma nova fornalha de quadros ia crescendo. Só que é mais um sol de pouca dura. Nesta semana surge a notícia de que um editor foi expulso por supostamente não publicar uma notícia sobre uma pequena reunião do MPLA no Lubango. Aqui o rei vai nu… O jovem foi mandando para a rua sem apelo nem agravo. O sindicato local de jornalistas diz que se trata de um caso que apresenta contornos sensíveis por envolver politica.
sexta-feira, outubro 13, 2006
A escuridão, imagem real do lubango

quinta-feira, outubro 12, 2006
«Quando oiço falar de Jornalistas pego na pistola» Crónica de Orlando Castro
Putin e companhia não estão com meias medidas. Quando ouvem falar de Jornalistas pegam logo na pistola. Pegam e utlizam. Foi isso que fizeram com Anna Politkovskaia, a Jornalista russa que ficou conhecida nos países ocidentais pela cobertura crítica que fez da guerra na Tchetchénia.
Quando comentei o assunto com um colega, a resposta foi lapidar. Mesmo por cá (Portugal) não falta quem queira fazer o mesmo. É verdade. Mas não creio que sejam assim tantos.
E não creio porque, por estas bandas, há meios mais sofisticados para atingir os mesmos fins. Não é preciso dar um, ou quantos forem precisos, tiro no Jornalista.
Basta, no Natal, por exemplo, oferecer-lhe uma pistola. Depois faz-se uma reestruturação empresarial (sinónimo óbvio de despedimentos). Quando o Jornalista descobrir que não tem dinheiro para pagar o empréstimo da casa ou os estudos dos filhos... dá um tiro na cabeça.
Anna Politkovskaia fez carreira como jornalista de investigação e tornou-se conhecida fora da Rússia pelas reportagens críticas que fez na república separatista da Tchetchénia, onde escreveu sobre os assassínios, torturas e espancamentos de civis pelas forças russas.
Por essas reportagens, Politkovskaia recebeu vários prémios de jornalismo, entre os quais a Caneta de Ouro (da União de Jornalistas da Rússia), em 2001 , o do Pen Club International, em 2003, e o Prémio Jornalismo e Democracia da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
De nada lhe valeram. A verdade é incómoda, seja na Rússia, em Angola ou em Portugal. O que varia são os métodos para calar o mensageiro. No caso russo, segundo a Comissão para a Protecção dos Jornalistas, morreram 23 entre 1996 e 2005.
Apesar desta dura realidade, todos aqueles que estão de pistola em punho sairam à rua para condenar o que se passou e dizer que a liberdade de Imprensa é um valor sagrado.
Sagrado sim desde que não toque nos interesses instalados, desde que só diga a verdade oficial.
Os sem qualidade, querendo qualidade... Por WALTER BENZA
Dizem que júri são aquelas pessoas que julgam. E dizem que tem que ter conhecimentos para julgar os factos. Podem não ver ao vivo, mas por via de fotos, testemunhos escritos e orais. Aqui começa a minha indignação!
Aos senhores júri do prémio Nacional de Cultura e Artes que julgarem o teatro e não encontraram qualidade para destinguir o teatro em Angola, será que viram mesmo as pecas ou terão recebido um pedido especial para não premiar nem um grupo?
Parece estranho, que de um tempo há esta parte, o tal prémio Nacional, não tem atribuído prémios a todas as disciplinas concorrentes. Dizem sempre que faltou qualidade. Não será que a "dita qualidade" que tanto se referem será a deles?
Sabem o perigo a que estão submetendo o teatro ao acharem que não tem qualidade? Olha meus senhores, cuidado com o crime cultural, porque a historia não perdoa ninguém e não vos cabe o direito de fazer justiça de algo que não conhecem por caminhos nenhuns.
Posso saber quantas peças viram e em que províncias estiveram para concluírem que não há qualidade no teatro angolano digno dos 35 mil dólares. Eu acho que não existem e nunca existiram?
Tenham a santa paciência e não brinquem com esta arte que ela mais precisa de crescer com justiça.
Os senhores devem ver o dicionário o que significa QUALIDADE
quarta-feira, outubro 11, 2006
A retoma
Acredita-se que os blogs criam dependência. Discreta, é certo, mas dependência. O cidadão comum – homens, mulheres e crianças, que vamos achando diariamente se quisermos - ao descobrir esta ferramenta, exorcizou alguns fantasmas de comunicação. Problemas que vivemos todos os dias pelos motivos mais complexos que se podem supor. Eu não fujo à regra.
Excluindo os personagens que fazem disto uma forma de trabalho, outros porém, compenetram-se na divulgação e no partilhar das coisas mais incríveis. Anónimos puros que rebentaram fechaduras das escrivaninhas onde tinham guardado papelinhos segredados de imenso valor artístico e pessoal. Tanto assim, que até os próprios meios de comunicação social já têm um espaço reservado aos seus próprios blogs no aproveitar do andamento deste fenómeno.
Mas esta brincadeira também cansa, satura, mesmo sem ser deprimente. Muito mais quando não se sabe do que falar ou expor.
Nas centenas, para não dizer milhares de blogs que já visitei durante estes quatro anos para onde sigo, muitos deles ficaram pelo caminho no primeiro mês de exposição pública. Outros, nem tempo tanto duraram.
Deixando de fora os clássicos, os mediáticos, os ícones da classe jornalística, o que sobra?
Sobram mais milhares a que é impossível aceder por falta de tempo.
Por isso, aí vou eu!
Abram-se-me as portas e janelas das palavras que procuro.
Adaptado do BLOG ( http://edynet.blogspot.com/
terça-feira, outubro 10, 2006
UMA ARTE EM MORTE LENTA
Pode-se esperar, de facto, alguma coisa dos músicos da Huíla ? Esta pergunta só muito dificilmente teria resposta nos dias de hoje. Quem anda a matar em “câmara lenta” esta arte nas terras altas da Chela?
Talvez fosse esta a pergunta oportuna a ser feita... Sem questionar ou apontar soluções para a saída do marasmo ( como de resto é habito na nossa terra, infelizmente) uma noticia da ANGOP esta semana lançou mais uma vez o debate sobre a cultura.
Lá dizia a noticia que “ O músico Belchior Ngando Calueyo "Anjo Blex", de 24 anos de idade, venceu, neste final de semana, a fase provincial o Festival da Música Popular Angolana "Variante" 2006, realizado na cidade do Lubango, província da Huíla ”.
A noticia acrescenta, vibrante “ Com o tema "Tenho Esperança", do estilo kilapanga, Belchior Calueyo, que vai representar a Huíla no festival nacional a realizar-se em Novembro na cidade de Cabinda, somou 173 pontos.”
Jovens músicos sem apoios, eles correm a muito anos uma “ indefinida maratona”. Lutam pelos seus próprios meios para cantar e encantar. Vez sem conta trabalham sem meios. Estes, comprados pelo departamento de cultura, vão servido para outras coisas. Que saudade do furor daquele tempo em que o Adó André, o falecido Joca Gaspar e os “ Pacíficos” ( uma das melhores bandas de sempre lá do sitio. Ficaram nos anos oitenta bem colocados num top dos mais queridos.... ).... Os tempos, infelizmente, mudaram. Tal como mudou também a musica....
MCK: Proibido?
Fonte próxima ao rapper Mc K confirmou esta semana ao site “ www.club-k.net “ que o autor do refrão: “Eu sou a maratona da sexta feira, que te garante o voto”, foi expressamente proibido, domingo último, de proceder com a venda do seu novo trabalho discográfico em frente a portaria da RNA.
Segundo a fonte: “em ultima da hora, proibiram lhe de vender o CD na portaria da RNA”. As razões do acto de acordo com o informador, deve-se a “motivos de força maior” afirmadas pelo radialista Mateus Cristóvão, “o pombo correio” que transmitiu pessoalmente a mensagem ao rapper.
“Sem argumento ele teve de abandonar o local partindo para as mediações do cine Atlântico” disse a fonte acrescentando que: “Pelo menos não foi erro de calendarização, porque Ninguém vendeu na RNA, ontem. O motivo foi outro que só o Mateus Cristóvão sabe”.
Resta acrescentar, citando um musico da Costa do Marfim “ meu país vai mal”
FONTE : club-k.net
quinta-feira, outubro 05, 2006
Rádio Bluff
Foi uma rádio pirata do Lubango. A ousadia de um grupo de rapazes, em que me incluo, durou apenas três escassas duas semanas. Corria o ano de 1995. Um rapazote na altura – hoje homem feito – de nome João Carlos, hábil em lidar com electrónica teve a sorte “ingrata” de criar uma espécie de transmissor de ondas hertzianas. (GARANTO QUE TECNICAMENTE, AINDA, NÃO SOU CAPAZ DE EXPLICAR O QUE REALMENTE SE PASSOU…). Abismado com a descoberta, o jovem achou por bem emitir música. Com a fama espalhada pelo bairro e depois pela cidade, da música passou-se para spots criados na hora e palavras de animação. Com se pode notar a nossa a ambição ia crescendo. Posso garantir que nós sabíamos pouco sobre formas de regrar o cenário radiofónico. Tínhamos todos menos de dezasseis anos. Todos nós andávamos a começar o ensino médio. A nossa rede de amigos tinha uma vantagem: todos amávamos, incondicionalmente, a rádio.
Com o passar dos dias a fama da “ RADIO BLUFF” aumentava. O raio de acção era escassos duzentos metros, mas suficientes para fazer furor nas terras altas da Chela. As ondas eram irradiadas do bairro Lucrécia, no quarto do Joca. Mas o império foi desabando. A direcção provincial de comunicação social mal descobriu, arranjou polícias para encerrar o nosso “cantinho”. Apreenderam todo material. Até k7s. Felizmente o assunto teve repercussão na imprensa local. Para contentar os jovens quem manda decidiu atribuir aos ousados jovens um programa de uma hora da Rádio Huila. O programa tinha a obrigação de ser grava e segundo de perto por um mais velho daquela estação. Começamos assim a trilhar os caminhos do rádio jornalismo. Todo o controle era pouco para jovens tido como atrevidos… Infelizmente alguns não seguiram o jornalismo. MANUEL VIEIRA
PS: HOMENAGEM OS CAMARADAS QUE COMIGO DESPERTARAM O SONHO DA RADIO: JOÃO CARLOS TEIXEIRA, MACHEL “ ZITO” DA ROCHA, GABRIEL NIVA, CARLOS PIO, NADIA CAMATE, AUGUSTO JOSÉ, PAULA CRISTINA, CARLOS MARCOS, GISELA SILVA. Um grande abraço e felicidades etc.
Rádio Teresiana
Se vincasse seria, seguramente, a primeira rádio comunitária de inspiração cristã de Angola. Mas a guerra tudo levou… Na década de noventa, uma congregação católica, madres Teresianas, formaram freiras e adquiriram material para “fundar” uma estação radiofónica no interior do país. O objectivo era levar informação a quem ais precisa. Os equipamentos foram montados. O pessoal formado queria corporizar o projecto, mas num piscar de olhos o que pretendia transformou-se numa névoa de fumo, escombros, buracos e muito prejuízo. Era tempo de guerra. Não se sabe quem, mas foram lançados obuses contra a eminente rádio “Teresiana”. O local escolhido é fantástico. È entre o Huambo e o Bié, numa zona chamada “Monte Belo”. A zona apurada para as instalações da estação de rádio é muito próxima da estrada principal que pude visitar a dois anos. Uma área tipicamente rural e como todo o interior de Angola uma rádio, por mais rudimentar que seja, faz falta.
MANUEL VIEIRA
segunda-feira, outubro 02, 2006
Salteadores?
Mais uma vez uma viatura foi surpreendida com disparos de armas de fogo, em plena viagem. Desta vez tratou-se de um Toyota Hiace, em trabalho de taxi, improvisado. O numero exacto de passageiros não foi precisado. Mais uma vez isto deu-se no troço Lubango/Huambo.
Mais uma vez o susto fez recordar o passado, quando viajar pelo interior do país era quase um suicídio. Depois da paz, aos poucos a circulação de pessoas e meios ganhou “fôlego”. Mas, os chamados bandos errantes faziam tudo para espoliar quem se aventurasse pelas estradas de Angola. Já houve mortos, feridos, carros incendiados e haveres desaparecidos! Sobre culpados, havia promessa das autoridades para a sua captura.
Desta vez, um dos três salteadores foi “detido” ( ou será retido?) pela população. O homem foi atirado para os calabouços da policia que agora tenta encontrar o resto da quadrilha. Com os “ventos da paz” soprando há quatro anos, a noticia, divulgada pela Radio Ecclesia – emissora católica de Angola, soa a surpresa com um misto profundo de desilusão. Até quando salteadores nas estradas do interior de Angola?
Quem como eu palmilhou a zona deste ataque ( a meio caminho entre o Lubango e o Huambo) só pode lamentar a desdita de mais alguns compatriotas, seguramente, ávidos em terem paz real na sua própria terra. E claro, é hora dos cidadãos andarem pelo país, sem a preocupação de colidir com homens armados, com espingardas em riste, para roubarem os poucos haveres que o povo encontra para driblar a pobreza. Espero, contudo, que os tiros não estejam de volta á Huila....
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