
Em Abril o mundo comemorou a data dos monumentos e sítios. Em Angola a data foi marcada com alguma pompa e circunstância.
Património Histórico refere-se a um bem móvel, imóvel ou natural, que possua valor significativo para uma sociedade, podendo ser estético, artístico, documental, científico, social, espiritual ou ecológico.
A preservação do património histórico teve início como actividades sistemáticas no século XIX, após a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, inicialmente para restaurar os Monumentos e Edifícios Históricos destruídos na guerra.
Luanda, a nossa linda capital, está nos últimos dias a perder boa parte da sua característica. A conhecida Paris de Africa dos anos 60 do século passado, é hoje amorfa, com edifícios de valia histórica derrubados.
Quem não respeita a historia não tem cultura, dizem alguns entendidos na matéria.
As cidades organizadas por este mundo foram, preservam a sua história, mesmo com a necessidade de expansão e desenvolvimento. É assim em Lisboa, Roma ou mesmo Atenas. A preservação destes locais e a sua inserção nas rotas turísticas é uma mais valia económica para as municipalidades. Luanda, infelizmente, nota o inverso.
Com febre do canteiro de obras, surgiram edificações na zona baixa, derrube de infraestruturais que ajudaram a escrever as letras de ouro da nossa história. Muitos deles taxados com a chancela de património cultural.
O derrube do mercado do Kinaxixi, a reformulação do palácio dona Ana Joaquina, a questão da zona da Lello, o derrube do Elinga teatro continuam na nossa memória.
Será que Luanda vai continuar descaracterizada, sem uma preservação da parte antiga da cidade em resposta a febre de reconstrução? Porque derrubar edifícios com história para erguer novas construções?
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