Da qualidade do voto depende a escolha, a nível central e local, dos órgãos do estado, de pessoas, partidos e programas melhor indicados para a boa governação, a realização da justiça e a consolidação da paz e da autêntica reconciliação nacional. Este extracto faz parte da mensagem Pastoral dos Bispos da CEAST. Em face desta apresentação.
Está na agenda politica do país, a realização das eleições legislativas em Setembro próximo. O país como se diz, está a aquecer. Os partidos políticos aquecem os seus “motores” afim de conquistarem o eleitorado. Do outro lado estão os cidadãos, os contribuintes, os eleitores. Que mensagem tem estado a passar para estes? Com a actual situação Sócio Económica no país, onde sinais de descontentamento pairam no ar, quais são as propostas dos políticos para o povo?
Na nova Angola que está a nascer, fala-se de esperança e bem-estar. Mas também se fala de falta de atenção para com os principais problemas que a população atravessa. As pessoas pretendem equilibrar as suas vidas, querem confiar mais nos políticos, cuja imagem nos tempos que correm parece desgastada; buscam um amanhã, onde haja oportunidades para todos, onde haja trabalho e salário justo para sustentarem as suas famílias.
Na sua última mensagem pastoral, dizem os Bispos, que para votar de forma consciente e responsável, os eleitores têm o direito de conhecer as pessoas e sobretudo os programas de governação dos partidos políticos que se candidatam às eleições. Não deixa de ser um ponto importante para o futuro. Mas em que canais os angolanos podem conhecer os seus candidatos e os seus programas?
Terão apenas que aguardar pelo tempo de antena no momento de campanha? Que tipo de discussão pode ser feita neste momento?
Os meios de comunicação, são incontornáveis no momento. Necessita-se de uma informação diversificada, plural e suficiente. Dizem os bispos na carta pastoral que a sociedade tem o direito a uma informação fundada sobre a verdade, a liberdade, a justiça e a solidariedade e que promova o bem comum, servindo todos os sectores da sociedade.
O medo de perder ensombra o céu dos políticos. Perder o poder, perder as mordomias e outros privilégios não faz parte da agenda de muitos políticos. Diz-se que o projecto do país ainda está em construção.
É sabido que quem ganha, quer tudo, pior ainda, humilha os vencidos e muitas vezes não respeita os seus programas. Nesta viragem de página, que esperar dos partidos políticos, assustadoramente numerosos em Angola?
JP
3 comentários:
Caro Manuel Vieira,
A Serra da Chela é das páginas que mais visito. Sabes quantas vezes ao dia?
Três vezes. O mesmo número de vezes que vou à minha.
Um abraço e estamos juntos.
Deixei muitos comentários enquanto estiveste ausente. Cobre os teus dias de ausência... A que se deveram? Férias?
Caro Manel,
Esperança: É o que os políticos sempre prometem. E nós o povo sempre a espera que a luz transcenda do túnel... e nada.
Políticos angolanos: São muitos. Falam muito e dizem pouco ou mesmo nada. Prometem o que nunca dão.
Desenvolvimento da economia nacional: Bonitos números para inglês ver. Estabiliza-se a inflação, valoriza-se o Kuanza, sobe-se no ranking, mas o povão está cada vez mais pobre. Pergunte-se ao povo quais têm sido os reflexos do boom da nossa economia. A resposta é "Não vejo nada".
Programas políticos: Copiam-se uns aos outros. São todos bem escritos e pecam/pecarão todos na aplicação. Sonha-se nos programas com uma angola paradisíaca, impossível com os políticos/governantes que temos...
Haverá gente séria?
A ver vamos.
Soberano Canhanga
sobre o voto de qualidade já houve um debate na Rádio Ecclesia a que estiveram presentes Dom Francisco da Mata Mourisca (CEAST) Nelson Pestana (FpD), Abel Chivukuvuku (Unita)Pedro Neri (Mpla) e Sapalo António (PRS. Nesse debate, muito rico os partidos presentes disseram o que entendiam por voto de qualidade. A propósito deste "voto de qualidade", Nelson Pestana Bonavena (FpD), estando de acordo com os dois pressupostos apresentados pelos bispos (qualidade dos programas e das pessoas que os apresentam) a crescentou um terceiro requisito do "voto de qualidade": a possibilidade dos eleitores pedirem contas aqueles que receberem os seus votos. é que haverá a tendência de alguns partidos utilizarem determinadas pessoas (os bons) para a campanha e outras (os maus) para governar. estes ficarão por detras da cortina durante as eleições.
kandandu a todos e particularmente ao Manuel Vieira, fui no KK, VOTAR na FpD,
João Mabala da Silva
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