sábado, junho 07, 2008

O verde a morrer....

A Juventude Ecológica de Angola (JEA) alerta para a desflorestação de que são algumas importantes áreas da cintura verde da cidade do Lubango e da província da Huíla no geral.

A JEA na província está preocupada com a situação e revela que se está a assistir nos últimos anos um ritmo assustador de abate indiscriminado de árvores, afirma a VOA.
Segundo a JEA, uma das piores situações verifica-se no troço que liga o município - sede, Lubango, à circunscrição da Humpata a pouco mais de vinte quilómetros da capital da província.

A ocupação de terras para a construção dirigida e a luta pela sobrevivência das populações nativas na busca incessante do carvão está a fazer do troço um dos mais sacrificados no que toca à preservação da natureza.

A zona da Nossa Senhora do Monte, muito conhecida pelo seu verde e tida como o pulmão da cidade, é outro grande exemplo da anormalidade criada. Ontem área quase que proibida de se erguer edifícios, hoje tornou-se no mais cobiçado dos lugares da cidade com casas de luxo a serem construídas sobretudo por pessoas ou instituições de alta renda.

O coordenador da JEA, na Huíla, o ambientalista David Pereira, mostra-se preocupado face a desproporção entre o abate indiscriminado das árvores e as medidas de reposição das plantas.«As pessoas precisam de alargar as suas lavras, precisam de madeira para vários fins, lenha e carvão e, em contrapartida, não tem sido notório o esforço no sentido da reposição destas plantas, tem havido sim algumas campanhas mais aqui no centro da cidade em termos de plantação de algumas árvores, nas escolas, próximo de alguns hospitais, mesmo nas ruas, mas nada que se compara a uma reposição, uma reflorestação de facto.».

Considerado nos tempos idos cidade jardim de Angola, o Lubango há muito que vem perdendo esta característica, muito por culpa da acção do homem. A cidade do Lubango situa-se no Sul de Angola a pouco mais de 700 quilómetros de Luanda, a capital angolana. Fonte: http://www.apostolado-angola.org/

Um comentário:

José Jorge Frade disse...

Faço minhas as palavras de preocupação pelas previsíveis consequências ecológicas da situação aqui descrita!

Alertar é um serviço público!
Que quem de direito lance uma campanha de sensibilização das populações, conjugadamente com a replantação das florestas abatidas!