Durante muito tempo, os angolanos foram habituados à reflexão segundo a qual o recurso mais importante de uma nação são os homens, os seus quadros. Com o nascer da primeira república, em 1975 milhares de angolanos foram enviados para vários países. Cuba, a então URSS, as antigas Jugoslávia e Checoslováquia entre outros , receberam os potenciais quadros angolanos.
A estes juntam-se outros cidadãos que durante o período colonial foram para Portugal formar-se em varias áreas. Como resultado desta política, tanto do estado como de instituições privadas, Angola recebeu engenheiros em várias áreas; biólogos, professores; médicos, jornalistas entre outros. Se durante o período de partido único a inserção era feita de maneira rápida com os famosos encaminhamentos para os locais de trabalho, com a abertura do país à economia de mercado as dificuldades começaram.
Para alguns a questão era de se deslocarem aos locais de origem, mas para outros a questão era procurarem zonas tidas como mais atractivas.
A falta de incentivos no interior do país fez com que muitos quadros e bem formados optassem por viver em Luanda, onde teoricamente a vida seria mais facilitada. Outros, regressados ao país com muitas expectativas viram-se relegados a segundo plano. Aqueles que os haviam enviado já não garantiam emprego. E como se isso não bastasse, assistem impotentes a uma espécie de discriminação, segundo a qual se dá precedência aos expatriados.
Como são aproveitados estes quadros nos dias que correm? È real a informação segundo a qual há muitos doutores e outras pessoas formadas superiormente recorrendo ao mercado paralelo para sobreviverem? – como de resto diz um ouvinte nosso no indicativo deste espaço- depois do estado ter investido milhares de dólares com o INABE, para a formação destas pessoas, como encontrar políticas consentâneas para a inserção destes quadros no mercado de trabalho?
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