quinta-feira, dezembro 07, 2006

Nova dimensão (2)

Falar de nós próprios lança-nos, quase sempre para um pequeno ( e nem sempre salutar) narcisismo. Daí que quando observei a necessidade de falar da ( minha) “nova dimensão” profissional, sem esquecer o passado, corria o risco de lançar debate. È um risco necessário. Correr este risco apronta-se como uma forma de fazer do nosso mosaico profissional um caminho regrado com letras de simbolismo maior. Quando bati com a porta da ( ou talvez alguns quisessem que eu batesse...) Radio Huíla, a reflexão foi um refugio de dois meses. Entre ponderar parar e arriscar mais uma vez um caminho pelo mundo das noticias, uma força interior lançou-me em mais uma aventura nesta senda. Corria o mês de Agosto do ano de 1997. Depois do apronto inicial, sou recebido pelo chefe adjunto dos serviços de produção da Radio 2000. Cláudio Dias, sem sorrisos ou contemplações não olha a meios para colocar-me no caminho da ( sempre aprazível) informação da comercial da altura. “ Sabemos nós mais do mundo.... do que o mundo sabe de nós” era a lógica informativa corporizada numa estação para mais de um milhão de habitantes no cosmopolita Lubango. Uma semana de estagio e vale a introdução nos caminhos da apresentação de noticias, também com incentivo de alguns companheiros que hoje aportaram para a concorrência da comercial. Começo as 12 horas depois de um modelo de introdução adoptado pelo chefe de produção, o veterano e cá para mim um dos melhores radialistas de Angola, Horácio Reis. Um caminho aprazível, apesar das dificuldades que se seguem....

Um comentário:

Orlando Castro disse...

A História da informação em Angola faz-se com as páginas de cada um dos seus trabalhadores. É por isso importante o teu testemunho, assim como o de tantos outros. Mãos à obra.

Kandandu