segunda-feira, dezembro 17, 2007

COMUNICAÇÃO SOCIAL ANGOLANA ENTRE ESPERANÇAS E TEMORES

Os meios que temos estão muito aquém de dar uma resposta satisfatória aos cidadãos sobre o direito a informação consagrada por lei no nosso país. Os jornais privados no país datam pouco mais de uma década e servem apenas Luanda e ainda assim com grande sacrifício.

Como se não bastasse, a maioria dos angolanos é analfabeta, segundo dados estatísticos recentes. Uns não compram jornal porque não sabem ler, outros não o fazem porque custa muito caro preferindo guardar o cem kz para o pão nosso de cada dia e o copo que muitos não dispensam.

A televisão é vista por poucos no país, primeiro devido ao factor pobreza da maioria que vê no aparelho de TV um bem para ricos. Outros chegam a comprá-lo, porém tem pouco proveito porque os consequentes cortes de energia frustra a vida, outros ainda porque o momento em que deveriam acompanhar algum programa informativo logo de manhã a televisão não apresenta nada porque só abre mais tarde.
Por causa de tudo isso, a rádio lidera os meios de comunicação e tanto cegos como iletrados conseguem acompanhar o desenvolvimento da vida do país, caso o cidadão se encontre numa capital provincial. O mesmo já não se pode dizer para o caso dos angolanos das zonas do interior, onde apelos a consolidação da paz ou chegarão distorcidos ou então numa única vertente. Que fazer no sentido de se reverter este quadro?
Frei JP, Luanda

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