quarta-feira, abril 07, 2010

A estranha " mea culpa" do governo!

Demolições de casas em Angola na ordem do dia. Pela primeira vez na sua história o governo angolano viu-se forçado a pedir publicamente desculpas devido a avassaladora onda de demolições em algumas zonas do país.
Milhares de famílias estão sem casa, passando por inúmeras privações em tendas improvisadas em terrenos baldios. As críticas tanto interna como externamente terão obrigado a essa “ mea culpa” do executivo de José Eduardo dos Santos que paradoxalmente prometeu um milhão de casas até 2012. No terreno o drama continua.
É um pedido de desculpas ao mais alto nível. O ministro da administração do território, Bornito de Sousa, disse que o governo angolano se desculpa pela onde de demolições de casas das populações.
Só nos últimos três anos cerca de 45 mil famílias terão ficado sem casa, segundo alguns activistas de direitos humanos. O executivo sempre alega que a população na sua maioria pobre construiu em zonas descritas como terras de reserva exclusiva do estado. Estas pessoas ergueram moradias depois de terem sido empurradas pela guerra áreas junto as cidades, como Luanda.
Observadores no entanto apontam que o executivo fez este ligeiro recuo devido a solidariedade nacional e internacional pelas populações sem tecto, numa altura de fortes chuvas em Angola.
O mais recente caso de demolições em Angola, teve lugar na cidade do Lubango no sul do país. Numa só sentada 3 mil casas foram deitadas abaixo por ordem do governo local, o que originou um coro de criticas, ate mesmo dentro do MPLA, o partido que suporta o governo.

Os críticos alegam que é desumana a forma como são tratados os cidadãos. Antes tinha sido em Luanda, onde 15 mil famílias foram atiradas em tendas depois de verem as suas casas partidas.

O processo de realojamento é fraco, o que origina dificuldades humanitárias, como falta de alimentação, água potável, hospitais e claro residenciais.

Há relatos de frequentes doenças e mortes principalmente em crianças.

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