sexta-feira, dezembro 05, 2008

Novos rostos no governo da Huíla

Está a caminho uma exoneração colectiva de directores provinciais e alguns quadros de sectores – chave do Governo provincial da Huila. Fontes do “ Serra da Chela” revelam que nos últimos dias os sinais destas exonerações têm sido muito evidentes. As exonerações e nomeações poderão acontecer em Janeiro, segundo as nossas fontes.

O novo governador, engenheiro agrónomo Isaac Maria dos Anjos têm no seu gabinete um conjunto de nomes prontos a serem indicados para alguns dos cargos em que se propõem exonerações.

Segundo as nossas fontes, um desses sectores, descrito como sensível é a direcção de planeamento e estatística, cujo responsável Fernando Fontes Pereira ocupa o cargo há cerca de dez anos.

Pereira, natural de Chicomba, leste da província, sobreviveu aos consulados de Dumilde Rangel, Kundi Pahama e Ramos da Cruz. Um novo nome também é apontado para o sector da educação, cultura e ciência e tecnologia, pois a sua anterior titular, Paula Inês NDala Fernando, ascendeu para vice ministra da educação. Paula Inês é descrita como uma pessoa de confiança no seu partido, MPLA.

Na direcção provincial de comunicação social espera-se também por um novo clima. O actual governador, num discurso recentemente no Lubango disse não querer a continuação de uma alegada “ lei da rolha” na província.

O discurso foi entendido como recado aos gestores dos órgãos de comunicação social públicos (TPA, Rádio Huila, Jornal de Angola e ANGOP) e privado (Rádio 2000, comercial e generalista, mas com forte conotação ao MPLA) para mais “ arejamento” na difusão de noticias, mesmo não agradando o regime. Um sinal neste sentido foi dado pela Rádio Huila, que segundo o Jornal Regional “ Chela Press” divulgou sem rebuços excessos policiais no bairro Lalula.

O governador desafiou a população, usando as rádios locais, para servir de barómetro para o governo. João Rodrigues de Castro, licenciado em História pelo ISCED do Lubango é o director da comunicação social.

Recentemente, segundo fontes do governo terá visto o seu “poder” reduzido ao não ser considerado porta-voz do governo, depois de uma importante reunião do elenco administrativo local. Não se sabe ainda se poderá ser também exonerado.

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