quinta-feira, maio 24, 2007

Afrobasquet " abate" o verde!

Mais um crime ambiental! Devido a realização do afrobasquet e a construção do pavilhão "multi- uso" para a competição, as autoridades não se coíbiram em deitar para baixo dezenas de eucalípitos na Nossa senhora do monte.
A versão é da JUVENTUDE ECOLOGICA DE ANGOLA. Ainda não se sabe de um novo plantio de arvóres.
PS: Aconteceu no Lubango, ou tinham receios que não fosse. Lamento!

AINDA A MAYONESE NA TUNDAVALA

A propósito do que escreveu, comentando, o amigo Pedro sobre as toneladas de produtos que uma certa empresa gigante na venda de alimentos, há a necessidade de se falar mais sobre o assunto.
Que é um crime ambiental estamos conversados. Que isto só foi possível com o recurso ao alguém na administração municipal do Lubango, é uma suspeita. Que o Lubango necessita de um aterro é algo que reafirmo. Caro Pedro é interessante debater consigo e acho que ganho com isto, mas fique a saber, que em nenhum momento citei o nome do administrador. Um abraço MV Luanda

terça-feira, maio 15, 2007

"Ir ao Lubango e não ir à Tundavala, é pior que ir a Roma e não ver o Papa."

Eu pensava que não conhecer a Tundavala era um sacrilégio. E até prometi a mim mesmo lá ir brevemente. É evidente que utilizei a palavra sacrilégio em contraponto com o pecado que cometo quando vou a Roma e não visito Sua Santidade. Se por acaso não estiver de férias em Castelgandolfo. Eu sei que exagerei ao falar em sacrilégio.
O mesmo aconteceria se dissesse heresia. A verdade é que não conheço a Tundavala. Mas tenho pena. E lá indo ponho a menina dos olhos em riste de modo a não perder pitada do que me indicam: Vila Arriaga, a Missão Católica, a Mahita, a represa, o terreiro, a cantina e o mais que conseguir. Até prometo ir às rolas. Ah! Se eu tivesse ainda a 22 longo com óculo! Era tiro e queda como eu fazia no Gimba, à coca debaixo do imbondeiro, com o Toninho Ferreira. Que não se me enevoe a vista e não me trema o dedo no gatilho.
Deixa comigo!
Mas o que eu verdadeiramente não esperava era ter recebido tantos recados com o que escrevi. Houve quem me dissesse que para conseguir olhar o belo da Tundavala eu "preciso de ter simplicidade no coração, ter ouvidos para ouvir o cantar dos pássaros, sentir o cheiro do verde, captar as vibrações que estão no ar... porque às vezes a vida que levamos bloqueia-nos os sentidos....". Houve até quem me aconselhasse a releitura de Chico Buarque "... Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma...". E não é que me lembrei então de um velho provérbio Africano: o tronco da árvore pode ficar muito tempo na água mas jamais será um crocodilo.
Pois é. Deixa comigo!
Do que eu preciso mesmo é de visitar o velho Liceu e sentado na sala de desenho do Ezequiel fechar os olhos e viajar, viajar, viajar... para ter a garantida certeza que o vazio de gente ao nosso lado não passa de uma circunstância. Ainda estou a tempo. Deixa comigo!
NOTA: È pena meu caro, que alguns huilanos sintam mais a terra quando estão longe dela. Isso é cada mais evidente na medida medida em que nos afastamos dela por razões profissionais. E tem razão. " Ir á Huíla sem ver a Tundavala ( equipara-se, digo eu), em ir a Roma sem ver o Papa, se não estiver de férias........

Mais um sinal do sul

Sinais do sul

Jovem pastora, mais um sinal do sul dos nossos amores. Foto tirada daqui http://ndele-ndele.blogs.sapo.pt/

CRIME AMBIENTAL

A denúncia vem estampada nas páginas do Semanário Angolense. Alguém na administração municipal do Lubango ordenou que cargas de produtos alimentares prestes a expirar fossem depositados, sem hesitações, na fenda da Tundavala.
Não admira nada, pois, há alguns anos atrás no Lubango ( 1999- 2000) quando realiza e apresentava o programa " ECOLOGIA E SUAS VERTENTES" na Rádio 2000, muitas vezes denúnciavamos crimes ambientais indênticos.
Numa dessas denúncias, uma empresa ( por acaso era uma das maiores clientes da Rádio em publicidade e espaços comprados) optou por lançar ao ar livre centenas de toneladas de feijão e arroz a apodrecer na zona da Nduva, a poucos kms da cidade. Ao ar livre, repito! Mas é caro que a faminta população foi desbravar o terreno. Boa parte do produto foi parar ao mercado paralelo. Esta foi apenas uma das varias denuncias que apesentamos aos ouvintes.
A polícia económica entrou em acção e por pouco eu perdia o emprego! Resistimos e continuamos. O programa " ousadamente ambiental" foi encerrado meses depois da minha auto demissão da rádio sob a alegação de se vender o espaço.
Voltando, então , ao nosso " deligente" funciónario. Nota-se desconhecedor das normas ambientais, decidiu que a policia economica, em copmpanhia de uma empresa que comercializa produtos alimentares, depositasse toneladas e toneladas de Mayonese, medicamentos expirados e até cds e videos piradas na maravlihosa fenda da Tundavala, a 14 kms da cidade. No Lubango há hectares e mais hectares de terreno baldio, mas a admistração ainda não pensa num aterro sanitário com grandes dimensões.
No interior da fenda, sabe-se, há vida. Há milhares de animais vivos ( macacos, lagartos, aves, insectos, serpentes e muito mais).
Verdade é que num passado tenebros, a tenda foi utilizada para fazer desaparecer pessoas! Na fenda nasce um regato que vai até a Bibala, abastecendo com água fresca os populares deste munícipio. Acredito que neste momento, essas comunidades que vivem do outro lado da fenda, estão a lutar contra diarreiras, vómitos e dores de barriga. Doenças motivadas por um crime ambiental cometido no Lubango.
FOTO: A Fenda da Tundavala. Um crime ambiental que não pode ficar impune. Ao fundo, no meio da Fenda municipio da Bibala, Namibe.

Nas terras do leste (II)

Estátua Lunda

Uma equipa!

Uma das mais gratas oportunidades profissionais, para mim, é abandonar por uns tempos a redacção, local do labor de todos os dias e, diga-se, dos dias todos.
"Ir para fora cá dentro, poeira nos olhos e cabelos ao vento". Ser enviado á Angola profunda, aquela que fica longe dos olhares de Luanda, mas com uma palavra a dizer sobre o país real.
Nessas ocasiões, só ou em equipa o sentido profissional, para mim, sobe. A alegria de ser profissional, contribuir mas para o direito á informação surge como um sinal mais para dar a este povo um direito fundamental, mas manietado pelos interesses de quem manipula e baralha as " cartas da vida" para (não) fazer de Angola, um país.
NOTA: Fiz equipa com o pessoal de imprensa que comigo veio á Lunda Norte, onde apesar das adversidades comuns no interior estabelecemos uma especie de centro de imprensa na cobertura do 1º seminário sobre empreendedorismo na Lunda Norte.
DUNDO

domingo, maio 13, 2007

Neocolonialismo português soma pontos em Luanda

A TVI, uma das televisões privadas de Portugal, apresentou ontem, com o rótulo de grande reportagem, um trabalho sobre os portugueses em Angola. O assunto merece, pelo menos, duas considerações. Uma revela que a noção do que é Angola é muito limitada ali para as bandas da estação dirigida por José Eduardo Moniz. Limitou-se a falar de Luanda. A outra mostra, aí com alguma perspicácia jornalística, o neocolonialismo de alguns portugueses.
Tal como não aceito que se faça uma reportagem sobre Portugal mostrando apenas Lisboa, não me parece justo para os portugueses que vivem em Angola apresentá-los da forma como a TVI o fez. Se aquilo são os portugueses em Angola, então os angolanos que se ponham seriamente a pau. Com amigos daqueles ninguém precisa de inimigos. Explico. Os portugueses ouvidos pela TVI fizeram gala em dizer que estavam em Luanda porque ganhavam muito, mas muito, mais do que em Portugal; que tinham excelentes moradias e não sei quantos (cinco num dos casos) empregados domésticos.
É o neocolonialismo na sua mais lídima expressão. Tal como na época do outro colonialismo lusitano, os empregados domésticos apareciam a dizer que a senhora era como uma mãe. E enquanto os filhos desses portugueses (havia apenas uma excepção) frequentam a Escola Portuguesa, os dos angolanos estudam (os que estudam) na escola pública.
E então onde ficou o resto de Angola, o resto dos portugueses? Será que Angola é só Luanda? Será que só há portugueses em Luanda’? Não. De maneira alguma. Angola é muito mais, é sobretudo o que não está na capital nem no Roque Santeiro.
É as terras do fim do mundo onde, como sempre, também vivem portugueses. Portugueses que são angolanos, ao contrário dos portugueses que a TVI mostrou e que só estão em Angola para sacar.

O apagão continua. Huíla mais escura!

A Huíla continua mergulhada numa profunda crise no fornecimento de energia. As últimas informações, que apuramos, dão conta de um "apagão" que já leva quase um mês.
E ainda dizem que a crise é conjuntural!
A barragem da Matala, apesar da propaganda oficial remar contra a maré, continua incapaz de fornecer energia. As restrições prejudicam o zé povinho, enquanto os marajás ( perdoem-me a comparação) deleitam-se com o pouco que as turbinas reconstruidas as pressas conseguem produzir ou pelos seus potentes geradores, comprados com recurso a engenharias financeiras, nem sempre explicadas.
E ainda falam em densevolvimento!
A pequena industria de empreendedores locais vai minguado devido aos elevados custos do combustivel paa suportar os geradores.
E ainda dizem que a Huíla é o segundo maior parque industrial do país!
O apagão já vai longo. E ainda dizem que devemos aceitar e esperar. O rol de consequências vai longe.
E ainda dizem...

O Silêncio Da Razão

A Razão resistindo, a sairda ponta da caneta, do tinteiro,guardada pelos anos, em silêncio,clausurando erudições,inibindo erupções...A Razão, sempre A Razão,aquela que nos disse não,sempre em silêncio, calada,mordendo-nos a alma por nada,em tudo o que o fogo urgia...Oh! mas se a vida se faziacom vozes e fogo se ardiadeixando sozinha falandolá dentro a Razão ignorando......com gosto Ela se calava- e satisfeita se calou,por todos anos em que amouenquanto quieta ficava!...

Novamente no leste de Angola

Depois de recebida a confirmação, fiz apressadamente a mala ( a verdade é que é uma mochila, ligeiramente carcomida pelo tempo, mas testemunha de inúmeras " aventuras" profissionais), gravador, maquina digital para os " bonecos" da praxe e todo o material de apoio á um envado especial. Uma " odisseia" para saber mais sobre o místico leste de Angola.
Depois de ter visitado demoradamente o Luena e Saurimo, desta vez é Dundo, a capital da provincia diamantifera da Lunda Norte. Mais uma vez o dever profissional chama.
O drama começa no aeroporto de Luanda, onde um camarada de trabalho por pouco seria detido pelo simples facto de estar a fotografar o grupo de jornalistas que deve cobrir aqui no Dundo o primeiro seminário sobre empreendedores angolanos.
Dois faribundos e zelosos agentes da ordem, intimidam o escriba sob a alegação de ter de pedir autorização para poder tirar fotos aos seus colegas! Se calhar só podia acontecer em Angola. Travada a discussão, necessaria, lá viemos em paz, não sem antes um dos agentes ter solicitado, diligentemente, o rolo da máquina. mesmo sabendo sem saber ser digital. Santa ignorância!
Dundo, uma cidade erguida aos poucos nos últimos dez anos, não é tao diferente de outras da zona leste, profundamente vitimizadas pela excessiva litoralização da economia. São poucos os projectos que as autoridades aqui densevolvem, ou se tentam, muita coisa esbarra nas estrátegias politicas gizadas nos cómodos gabinetes de Luanda. E a terra cá vai sosobrando! Há zonas visitosas, mas muitas apenas servem para inglês ( neste caso o incauto visitante) ver.
Pelo menos a energia electrica é oferecida 24 horas por dias até ao mais comum dos cidadãos. Até vimos um aterro sanitário na zona onde será construido a futura cidade, pois, segundo nos disseram, a actua está longe de satisfazer a demanda. Já quanto a água potavel é tudo diferente. A que jorra é para poucos.
Nesta segunda feira, governantes e sociedade civil falam do empreendedorismo na versão angolana. Vamos ouvir e reportar na esperança de que algo de substâncial venha a ser dito e feito para trazer densevolvimento as históricamente fabulosas terras do leste deste portentoso país.
DUNDO - LUNDA NORTE
13.MAIO.O7

OBRAS NA ESTRADA DO KM/40 PERTO DO FIM

À beira da pista as coisas passam rapidamente pelos olhares apressados dos cidadãos obrigados a fazer todos os dias o mesmo caminho. Montes de areias em cores variadas, britas, caminhos de terra, marcas de rodas do chão, são imagens que poucas pessoas se interessam em registar e muito menos profissionais de construção civil, na verdade são eles os autores de obras de arte. Uma das principais obras rodoviárias na província da Huíla decorre no trecho que liga a cidade do Lubango, ao quilómetros 40, e que liga a capital huilana ao norte e leste da província pelos municípios de Quipungo e Matala, assim como Cacula e Quilengues. O director-geral da PLANASUL, empresa que executa as obras, Hernâni Silva garantiu que está a se cumprir com o plano de obras previamente elaborado, não obstante aos condicionalismos causados pelas chuvas. Assegurou que até Agosto deste ano, o percurso com cerca de 45 quilómetros será entregue e completamente recuperado. “A estrada Lubango / KM 40 terá uma largura de 8 metros em relação aos seis anteriores, ma espessura de 4 cm ”, realçando que será um percurso que vai responder as expectativas de desenvolvimento económico, assim como no aumento do tráfico rodoviário, tendo em conta a intensidade de desenvolvimento que o país observa. As obras de recomposição de pequenos trechos, sinalização horizontal, vertical e recuperação de pontes deverão estar concluídas até o fim do primeiro semestre deste ano. Iniciadas em Setembro de 2006, depois do processo de recargas de solos, abertura de valas de drenagem, começou o processo d colocação do pavimento asfáltico. O melhoramento das estradas é um sonho regional, tanto do lado dos huilanos, como dos habitantes das províncias vizinhas. Este sonho está se tornando realidade e o programa do governo que emprega investimentos de biliões de Kwanzas, prevê nos próximos anos na construção de estradas, pontes, na região leste e norte da província, com o objectivo principal de integrar mercados, tanto nacional como internacionalmente. As dificuldades de transporte e as chuvas têm sido apontadas como uma das principais razões para o atraso na execução das obras, mas o desejo dos empreiteiros de enfrentar o desafio de usar estas estradas como alavanca para um desenvolvimento, fala mais alto, por isso o trabalho não pára. A PLANASUL, é uma empresa que faz parte do grupo SOCOLIL, existe há três anos e cem por cento angolana. Surgiu para enfrentar os desafios que o Estado angolano traçou, em relação a reabilitação das infra-estruturas rodoviárias ao nível do país. Para de forma segura e competente desenvolver e executar as obras que a si foram confiadas a Empresa investiu nos últimos três anos 25 milhões de Dólares americanos no seu apetrechamento, segundo fez constar o seu director-geral, Hernâni Silva.
Estes investimentos, assegurou, recaíram para área técnica e administrativa e surgem da necessidade de enfrentar os desafios que o Estado traçou, em relação a reabilitação das infra-estruturas rodoviárias ao nível do país. “ (…) é nesta base que a Planasul organizou-se e apetrechou-se administrativa e tecnicamente de forma a cumprir com este objectivos traçados pelo Estado e estamos preparados para enfrentar qualquer desafio, o impasse é que o equipamento adquirido é moderno e vai de encontro as inovações tecnológicas”, referiu.
Hernâni Silva mostra-se, por outro lado, preocupado com a manutenção do mesmo, uma vez haver poucos técnicos no país para a manutenção de máquinas pesadas. Como solução, notou, a Planasul está a contratar técnicos estrangeiros, com a obrigatoriedade destes formarem angolanos nesta vertente.
Actualmente esta empresa, de cem por cento de direito angolano, trabalha nas obras de reabilitação das estradas, Cacula/Caconda, Quilómetro 40 / Matala com 132 quilómetros . Empresa do grupo SOCOLIL, existe há três anos, emprega 570 trabalhadores dos quais 30 expatriados de origem brasileira.
Por: Morais Silva

MCK: Um mestre sem cerimónias!!!

Alguém tinha reparado no som do MCK? ….eu, na minha pródiga ignorância ainda não! MC….para quem não sabe é acrónimo de Mestre de Cerimónias….ora cerimónia é coisa que este irmão não faz….não tem nada de timidez o primeiro album deste tipo! Nada daquela atitude “desculpem-lá-eu-quero-entra-nesta-cena-fazer-discos-e-portanto-vou-começar-sem-grandes-invenções” …a abrir a carreira um album cheio de sumo, cheio de som….cheio de africanidade. O video do single promocional tá absolutamente fantástico….podem vê-lo aqui. …a musica chama-se “Atrás do prejuizo” e narra o dia de um jovem angolano, é um conjunto de rimas discursivas….numa dicção clara e não repetitiva….o refrão é cantado por um clássico do Semba Angolano e a conjungação dos dois estilos está….simplesmente….FA-BU-LO-SA!!! …aliás todo o album aproveita a inspiração africana tradicional….e o mais incrivél é que às páginas tantas tás a ouvir um puto altamente criativo a rimar power atrás de power sobre a corrupção e banditismo, sobre a miséria e a degradação e na estrofe seguinte…..uma voz femenina a swingar uma ginga subtil em kimbundo….coisa mágica brother! coisa….mágica! transportamos santanás com os fatos e as gravatas luxuosos e negamos deus com actos ….é uma das coisas mais interessantes que o K(apa) manda logo na introdução do album. Adaptado de http://pedromoraiscardoso.wordpress.com/

De volta!!!

Depois de muito tempo sem colocar os ditos e os pensamentos neste " canto", eis-me de volta para " serrar" com a Chela no coração! Computadores e outras parafernalias a atrapalhar. Trabalho e muito stress, para variar, marcaram esta ausência. De volta estou e, portanto, de pedra e cal. Cá vamos nós!!!!!