sexta-feira, junho 29, 2007

TAAG, um mal nunca vem só...

No dia em que a União Europeia (UE), através da sua Comissão Europeia anunciou a intenção de incluir a companhia de bandeira angolana TAAG na "lista negra" de companhias áreas impedidas de voar no espaço europeu por razões de segurança, uma aeronave da TAAG, um Boeing 737-200, despenhou-se quando se fazia à pista de Mbanza Congo, proveniente de Luanda, embatendo num edifício.
Do acidente registaram-se 4 a 6 mortos e vários feridos.Entre as vítimas estão o administrador municipal da primeira capital do antigo Reino do Congo e um padre superior carmelita de ascendência italiana.
Realmente, às vezes um mal nunca vem só.Espera-se que a comissão de emergência já criada consiga perceber as reais causas do acidente – que não seja como em certos países que as comissões de inquérito dão sempre erro humano… – e que a TAAG possa rapidamente voltar aos céus europeus.
Como uma desgraça nunca vem só, já não bastava à Diáspora não se poder recensear, e concomitantemente, votar, para agora nem ao seu País poder ir em aviões de bandeira angolana!
Artigo publicado originalmente aqui http://pululu.blogspot.com/

O avião despenhado 2

O avião despenhado 1

quinta-feira, junho 28, 2007

Huíla e o ( nosso) gado

As autoridades da província de Huíla têm cada vez mais a convicção de que, a problemática do roubo de gado na região não deve ser encarada com leviandade e defendem por isso, e a julgar pelos contornos que a prática vem tomando, o debate do fenómeno no Parlamento.

Na Huíla em particular e na região no geral, multiplicam-se todos os dias as queixas dos criadores tradicionais vítimas dos assaltos que a algum tempo para cá se vêm revelando de grupos devidamente orquestrados.
O Governo local entende que os criadores tradicionais em colaboração com a Polícia Nacional, devem estudar fórmulas de defender as suas posses nomeadamente o gado tido nestas paragens pela população como o símbolo de riqueza, aliás, não é por acaso que denominam o animal como o "Diamante de Quatro Patas" e em simultâneo a Assembleia Nacional legislar o assunto.
(Parte de um texto de Teodoro Albano no Lubango)
NOTA: Pena, digo eu, que as ditas autoridades da Huila só hoje despertem para o problema. Quando no passsado, ainda eu correspondente da imprensa nacional e estrangeira naquela região, denunciava o assunto, volta e meia, os ditos barões do gado e pessoas do seu circulo de interesses movimentavam-se para conter os efeitos das noticias.
Lá vão os anos, mas verdade permanece! Ainda bem.
Mas o interessante é saber que hoje, volvidos alguns anos, muitos dos tais, denunciam esta pratica.

quarta-feira, junho 27, 2007

Humpata

Grupo Etnográfico da Humpata (Huíla/Angola) orostodachuva.blogs.sapo.pt

Kianda do meu ( actual) viver

Luanda da saudade
kianda do meu ( actual) viver
Tinha razão o poeta, que falava do sucesso da “peróla do indico” para despoletar a terna imagem da razão do nosso existir
Duas razões, um ser
Três vontades
Um desejo

Algures para Luanda, o beijo calído que preciso nesta altura
MV Maputo – Mozambique

terça-feira, junho 26, 2007

Terra linda

Foto: zona proxima da SERRA DA LEBA entre o Lubango e o Namibe.

"SERRA DA LEBA" EM ANIVERSÁRIO

Dentro de dias, este blog atinge o primeiro ano de vida. Corridas e recuos marcam estes primeiros 360 dias dum canto de liberdade pessoal e colectiva, sem pressões dos patrões ou dos politicamente insatisfeitos e recalcados. Um blog é um blog, uma conquista. O compromisso mantêm-se. O futuro é a meta.
Estas palavras são para aqueles mais "diplomatas" que aflitos com os textos dos primeiros dias logo aconselharam a parar. Ledo engano. Com os dias a denúncia e o retracto da vida dos angolanos e dos huilanos vão ter mais suporte no SERRA DA CHELA.
Aos leitores quase fidelizados uma palavra de alento. Sempre a "Serrar" para o melhor de Angola

segunda-feira, junho 25, 2007

Luanda - Maputo, um breve olhar

(MAPUTO - antiga av. Augusto Castilho in mocambique.blogs.sapo.pt)

A primeira imagem que salta á vista é o que pode comparar com Luanda. Há pouca sujidade, Luanda é o que é. Não há tantos mendigos, nem meninos de rua. De Luanda nem falar.

Há uma espécie consciência ambiental, locais próprios para lixo e quejandos. Nisto Luanda fica atrás. Assim vai Maputo...

Coragem amigo Eurico!

A partir de hoje Moçambique tem mais um jornal diário, denominado "O Observador". É o filho mais novo da Nação moçambicana que, também hoje, comemora mais um aniversário da sua independência.
É com orgulho que o Notícias Lusófonas se associa a este evento que, cremos, marcará o Jornalismo do país. Orgulho porque o Director do Jornal é o nosso colega Jorge Eurico e, ainda, porque no primeiro número também escrevem os nossos colaboradores Eugénio Costa Almeida (“Ricos na pobreza, pobres na riqueza”) e Orlando Castro (“Em memória de Carlos Cardoso”).

A garantia de que de Moçambique fica a ganhar com este novo Jornal é, para nós, algo de já adquirido. Porquê? Porque de há muito que conhecemos a capacidade profissional do Jorge Eurico.

Jornalista 24 horas por dia, o Jorge Eurico vai dar um sério contributo para que a Imprensa moçambicana em particular, e lusófona em geral, some pontos e mostre que tem tudo para se impor.
O lançamento de “O Observador” coincide com os festejos do 32º aniversário da Independência, um evento marcado por comícios, homenagens aos heróis e realizações culturais mas, igualmente, pelo boicote da oposição e pela presença em peso da força do partido no poder, FRELIMO.
NOTA: Tendo o conhecimento que tenho de Maputo e sabendo das capacidades de Eurico em proprocionar um jornalismo acutilante, " O Observador" será uma voz activa nesta sociedade. Aqui em Maputo muito se fala deste novo jornal.

quinta-feira, junho 21, 2007

Quem é a avestruz?

Sob o olhar dos outros

Maputo. Imagem da net

Maputo in a heart

Numa manhã sem sol, quinta-feira, o grupo de potenciais formadores, compôs-se quase por completo com a missão de explorar um outro lado da sua formação. O destino tinha sido traçado para a Rádio Moçambique, a estacão primeira da terra da Marrabenta, e o jornal Noticias, um diário que se mostra como o de maior circulação no país.
Ansiosos, os jornalistas, potenciais formadores, quase se acotovelavam para entrar no autocarro. Um veículo com desenhos escolares, semblante infantil, que por pouco fazia considerar o grupo como meros “rapazes de colégio”. Numa viagem rápida, lá estávamos nós na Rádio Moçambique. Passavam poucos minutos das nove.
Sem burocracia, um cidadão corpulento, que se identificou como director da escola da Rádio, recebeu o grupo de jornalistas de Angola e Moçambique, para as primeiras impressões. Logo, aquele jornalista assumiu as rédeas da visita de constatação da realidade actual da rádio Moçambique, proporcionando informações diversas.
Numa sala de escola da rádio, chamou a atenção dos jornalistas/ formadores a composição do conselho de administração da Rádio Moçambique; a dependência ou não do poder e a possibilidade que há em os profissionais, militantes dos partidos da oposição, reunirem-se nas instalações deste gigante da comunicação social local.
Um museu, que remonta aos anos 30, altura em que a emissora dava os primeiros passos, denominada Rádio Clube de Moçambique, foi apresentado ao grupo. Microfones do passado, maquinaria ultrapassada, fotografias dos momentos altos do estacão estão lá exibidos.
As Redacções de programas, desportiva, central de informação, do jornal da manha e a Emissora provincial de Maputo, foram visitadas.
A dada altura houve uma troca de guia - anfitrião, entrando em cena o delegado do emissor provincial de Maputo. As despedidas foram cordiais com promessas de novas visitas.
O diário NOTICIAS foi a seguir, ultima etapa da visita. A demora na recepção do grupo não retirou a expectativa e a boa disposição da turma. Anedotas foram contadas para animar o grupo.
Um jovem jornalista, redactor da redacção cultural, foi o guia. Rápido nas respostas, não se coibiu em dizer que um melhor salário seria bom para o desempenho dos 32 jornalistas que compõem a casa que carrega a história do país, com mais de 80 anos informando Moçambique. Numa redacção com computadores desalinhados, ligeiramente ultrapassados pelas novas tecnologias, o anfitrião foi descrevendo o dia a dia de funcionamento do Jornal Noticias.
Um olhar rápido á sala de paginação, seguido de uma visita á gráfica, foram os outros caminhos que finalizaram a nossa visita ao jornal. Referência ao assessor técnico do jornal que trabalha na gráfica metade do tempo de vida do NOTICIAS. Como VISÃO o homem do jornal espera pelo recurso ás novas tecnológicas para cada vez mais concorrência no mercado.
Um regresso ao hotel, sem morosidade, mas aproveitado para um turismo “ocasional” onde o destaque foi a imagem de um dos maiores prédios da Africa Austral com 33 andares, na baixa de Maputo.
Uma viagem, dois órgãos da comunicação social que acompanham todos os dias o pulsar de um país.

( Um trabalho escrito e apresentado por MV no curso de formadores em Midia- Maputo)

quarta-feira, junho 20, 2007

Lubango com mais um site

Quo vadis?

Do Rovuma á Maputo

Maputo, midia e aprendizagem ( I )

Em Maputo é salutar ouvir a diversidade de emissoras de rádio existentes. Passam de dez, estando ainda outras a procura do seu lugar ao sol, com a possibilidade de mais frequências serem atribuidas. Encontramos de tudo um pouco, desde as publicas, ás privadas, passando pelas comercias, comunitárias e religiosas.
Quem dera que em Angola também assim fosse!
De emissoras de TV, também há um grande passo, com todas elas em sinal aberto, dando a entender uma diversidade de conteúdos, abordagens e concorrência.
Quem dera que em Angola também fosse assim!
No interior, segundo apuramos, o número de meios também tende a subir. A lei de imprensa, apesar de conter algumas armadilhas, ainda serve para o contexto, dizem os jornalistas locais. Salutar é ouvir e ver o despique entre as duas mariores redes de TV, a STV e a TVM.
A concorrência passa pelo dominio da publicidade, os grandes acontecimentos e até a música. Alguns temas politicos, como por exemplo o figurino do organismo que gere a proxima ida as urnas, são tratados sem grandes paixões ou complexos. Os debates sào constantes e abertos, pelo menos mais do que em Luanda.
No entanto, é voz corrente que os jornalistas aqui devem aprimorar a sua aprendizagem. É mais ou menos isso que está a acontecer com a troca de experiencias entre jornalistas locais e angolanos, numa actividade que decorre desde segunda feira, 18 de Junho.

terça-feira, junho 19, 2007

Joanesburgo, Lubango e Maputo.Frio de rachar!

Para quem já vistou o Lubango, nada teme se lhe disserem que o frio em Maio, Junho e Julho é de "rachar". Realmente é ! Nada exagerado. Junho constitui-se assim no tempo mais frio, onde cobras e passáros deixam de se passear, sob pena de morrerem na primeira escquina. Também é pura verdade, quando muitos dizem temer ir ao Lubango nesta época.
Mas, nesta vinda a Maputo, descobri, por momentos, no aeroporto de Joanesburgo que muitas vezes quando recorriamos ao bolentim metereologico desta cidade sul africana para depois comparar com o Lubango, estavamos abslutamente certos. Está, ai também, um frio de rachar.
Para surpresa maior, chego a Maputo e nunca mais me separei dos aguasalhos. Ao primeiro zungeiro ( aqui também assim se chamam, igualzinho aos que pululam por luanda) que enconterei solicitei um forte casaco jeans. Eis tudo ilgualzinho.
Nestas três cidades, da nossa querida Africa Austral, está um frio de rachar.
{foto de Maputo}

Tropelias

"Será que ninguem ainda pensou numa forma de acabar com as tropelias do filho de um dos nossos "muatas"que bate e todo o mundo, sem motivo aparente?", pergunta um homem de Maputo, calcorreando um rua apressado para chegar ao seu jornal. Motava-se que é um home informado.
"..... Hum?" resposta do angolano, por sinal também jornalista.

Maputo!

Eis-me nas terras de Mondlane, nas terras banhadas pelo Índico e atravessada pelo Zambeze. Terra de gente, á primeira vista simpatica! As terras lusofonas da costa oriental Africana.
Desde domingo, finalmente, depois de sucessivos adiamentos, o trabalho me trás a Maputo e o dever me obriga a estar com os meus leitores.
É esta, pois, caros leitores, a terra que vou tentar narrar nos proximos dias.
Já posso dizer " Maninge nice, Mozambique!!!! "

terça-feira, junho 12, 2007

Entre a obra prima do mestre e a prima do mestre de obras....

Café... hoje
Este hoje tem qualquer coisa como 32 anos. Por cá o café tem sido amargo. Mesmo assim, a Carta a Garcia está cada vez mais perto do destinatário. Pelo caminho foi preciso derrotar os que me aconselhavam a deitar a carta na primeira valeta.
É claro que, no meio desses, apareceram alguns que me ajudaram a tirar pedras do caminho, a desminar promessas e a adoçar o café. Reconheço, contudo, que também essas vicissitudes foram úteis. Ajudaram-me a compreender que o possível se faz sem esforço, tal como me permitiram entender que a obra prima do Mestre não é a mesma coisa que a prima do mestre de obras.Infelizmente muitos de nós (já para não falar de muitos dos outros) continuam a confundir a beira da estrada com a estrada da Beira.
Entre dias sem pão (e foram muitos) e pão sem dias (foram mais ainda) cá cheguei. E cheguei continuando, no essencial, a acreditar no (im)possível. Para mim, como se comprova neste desabafo alentado com a perspectiva de um saboroso e revitalizante café, o amanhã começa ontem. E é isso que (pelo menos comigo) vai acontecendo.

Continuo a tentar (maldita deformação genética!) o impossível (o possível faço eu todos os dias) para ajudar a construir as tais páginas da História de Lusofonia. Não sei se terei engenho e arte para tal, mas de uma coisa tenho a certeza: não há comparação entre o que perde por fracassar e o que se perde por não tentar.E tentar é coisa a que estamos todos habituados. Por isso...

NOTA: Caro Orlando, as suas letras cabem como luvas, nas mãos de alguém cujos dedos, algo calejados, ainda prima por discernir o que é ser jornalista, não vergando a coluna vertebral para os abrutres travestidos em homens, ocasionalmente. Bem haja. ( desculpa ter tirado, penso eu, o sentido da sátira)

Publicado aqui www.altohama.blogspot.com

Lubango, tempos de antanho

Ao fundo uma parte da serra da Chela, com a senhora do monte como cartão de visitas. Em primeiro plano, a sé catedral do Lubango.
O local do amor, qual desamor putrificado
andança dos sublimes momentos
a raiva contida, desejos descarnados
a logica muito sem nexo
o valor do momento
O local do amor
o monte sinai
o ecologicamente perfeito
na soul music que o coração te obrigou a lançar
qual floresta devastada nos encantos inventados
recantos do belo
as curvas olhadas sem temor
O local do amor
a epopeia certa
o centro do mundo que é eterno
o sinai
Já lá vão seis anos. Sabes o que sinto...

Um sinal do sul

quinta-feira, junho 07, 2007

Relaxe....

Adeus à hora da largada*

...somos os teus filhos
dos bairros de pretos
além aonde não chega a luz elétrica
os homens bêbedos a cair
abandonados ao ritmo dum batuque de morte
teus filhos
com fome
com sede
com vergonha de te chamarmos Mãe
com medo de atravessar as ruas
com medo dos homens
nós mesmos ....
* AGOSTINHO NETO
NOTA: Eis a minha homenagem aos homens que enfrentam a vida acreditando nos seus ideais. São homens de fibra, não se vergando pelos acenos dos que reluzem de gordura, corrupção de mentes e corpos, quais famintos abutres transvestidos em humanos, ocasionalmente....

Lubango aos 84 anos

O 31 de Maio do longínquo ano de 1923, fica marcado como a data em que a vila do Lubango ascendia à categoria de cidade, depois de estar por longos anos sob a administração portuguesa, na então Sá da Bandeira. Volvidos 84 anos, apesar de se ter desenvolvido do ponto de vista de autonomia administrativa do então colono, Lubango está longe de atingir o verdadeiro desenvolvimento sócio económico dos seus habitantes, na sua maioria gente que fugiu das suas zonas de origem devido à guerra.
A elevada degradação das principais ruas, a construção anárquica e o crescimento desordenado da cidade, sobretudo da periferia, fruto do acentuado nível de pobreza das suas populações marcam a antiga Sá da Bandeira.
A extensão do município confunde-se com o crescimento da cidade que figura entre as mais pequenas do país. Nos últimos dez anos, o Lubango não viu um único edifício de raiz a ser erguido como símbolo de aposta da governação no desenvolvimento da circunscrição em termos de infra-estruturas de vulto.
O existente até ao momento não passa de reabilitações de velhas estruturas para fins meramente comerciais, existindo na sede da administração do Lubango, um ambicioso projecto, o denominado «plano director da cidade do Lubango» que prevê o alargamento da urbe com infra-estruturas de impacto económico e social, no entanto, sem pernas para andar devido à falta de dinheiro.
Numa altura em que a cidade se prepara para albergar uma das fases finais do Campeonato Africano de basquetebol, debate-se com um velho senão crónico problema que se repete quase todos os meses: à falta de corrente eléctrica, uma situação que as autoridades não conseguem disfarçar, pois se arrasta há longos anos.
Oitenta e quatro anos depois, Lubango é das poucas cidades que pouco sofreu o impacto directo da guerra, mas aguarda por grandes empreendimentos, sabendo-se que no âmbito do acordo entre Angola e China está previsto para breve a construção de cinco mil casas no chamado bairro do Nambambe no norte do município.
( Teodoro Albano)

RELAXE......

Mais casas deitadas á baixo no Lubango !

Mais de 30 famílias foram desalojadas no Lubango, porque, alegadamente, o local vai servir para a construção de uma estrutura de apoio ao campeonato africano de basquetebol e ao Campeonato africano de futebol.
Esta, como sempre, é a versão oficial e mais uma vez, infelizmente, a mídia publica ( se por habito ou excesso de zelo) optou por esconder o facto do resto da sociedade.
Tudo aconteceu no mês passado, mas as sequelas para centenas de pessoas continuam. Há pessoas que de proprietárias de residências, mesmo modestas, passaram á indigentes, sem nada. È ponto assente que sem casa há pouca dignidade. O “ martelo demolidor” das autoridades da Huila entrou em acção, mesmo com o clamor das famílias, pedindo mais tempo para poderem ter acesso a outros locais para habitar. Debalde!. O martelo entrou mesmo em acção.
E como acontece normalmente nestas ocasiões em Angola, grupos de defesa dos direitos humanos optaram por defender essas pessoas o que faz com que nos próximos dias poderão surgir noticias em que o Governo Provincial ou a Administração Municipal poderão sentar-se no banco dos réus sob a acusação de ter expropriado terras sem cumprir com algo básico e (calculo eu ) desconhecido do de alguns “camaradas” mesmo com os seus aparentemente vastos conhecimentos jurídicos : Uma competente indemnização ou o realojamento em outros locais.

segunda-feira, junho 04, 2007

As palavras do Kundy

Durante muito tempo fui perguntando para mim mesmo e para Deus se alguma coisa pode acontecer sem que ele queira, encontrei na sua palavra a resposta: até uma folha de uma árvore sem que Ele permita.
Ok, e agora me encontro em Luanda, numa terra de ninguém pela natureza justificada pelo viver das pessoas, será que até dessa babilónia o Senhor é Rei? Clro disse-me Ele um dia, eu sou Rei dos que me entronizam na terra e a esses eu dirijo ainda que andem no vale da sombra e da morte. Virá luta, fome, perseguição, solidão, saudades.... mas diz o Rei_ Eu nunca te abandonarei nem te desampararei.
Filho meu, quer estejas na Babilónica cidade de Luanda quer estejas na cidade de Belém desta angola (Lubango) eu sempre serei contigo. Kota creia que não estamos em Luanda fora do controle do Rei ainda que nós não sintamos em todos os momentos isso, mas eu creio que um dia Ele vai revelar-nos que nunca nos abandonou e arquitetou o nosso futuro.
A proxima escrevo mais. Deus te abençoe.
Sempre o seu aluno José Kundy